A Rhodia desenvolveu em tempo recorde, pouco mais de três meses, o fio Amni® Vírus-Bac Off, fio têxtil de poliamida antiviral e antibacteriana com efeito permanente, que pode ser usado em roupas do dia a dia, esportivas, uniformes e até em máscaras. Segundo a empresa, algumas marcas já se interessaram em produzir peças com fio, principalmente para o segmento esportivo. A tecnologia faz com que vírus envelopados, numa camada de gordura, seja desativado em até 30 minutos o contato com o tecido. Segundo Renato Boaventura, vice-presidente global de poliamida e fibras da Rhodia, isso acontece porque o ativo presente na poliamida destrói a camada de gordura que envolve o vírus. O outro mecanismo desativado pelo fio é a transmissão eletroquímica do vírus, neutralizando sua ancoragem na célula humana.
Outra novidade divulgada esta semana foi o tecido desenvolvido pela empresa paulista Nanox, apoiada pelo Programa Fapesp, Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), que tem micropartículas de prata na superfície que demostrou ser capaz de inativar o coronavírus SARS-CoV-2. Em testes de laboratório, o material foi capaz de eliminar 99,9% da quantidade do vírus após dois minutos de contato.
“Já entramos com o pedido de depósito de patente da tecnologia e temos parcerias com duas tecelagens no Brasil que irão utilizá-la para a fabricação de máscaras de proteção e roupas hospitalares”, disse Luiz Gustavo Pagotto Simões, diretor da Nanox, à Agência FAPESP. O tecido é composto por uma mistura de poliéster e de algodão (polycotton) e contém dois tipos de micropartículas de prata impregnadas na superfície por meio de um processo de imersão, seguido de secagem e fixação, chamado pad-dry-cure.
Até que roupas com tais tecidos não estejam no mercado, a preços acessíveis, o melhor é apostar nas dicas dos stylists, sem esquecer os demais procedimentos recomendados pelo pela Organização Mundial da Saúde: usar máscaras, lavar as mãos sempre, passar álcool em gel. E, se puder, ficar em casa.