Nos últimos meses, vários pesquisadores desenvolveram recursos capazes de inativar a quantidade de Sars-Cov-2, vírus responsável por causar a Covid-19, em suas superfícies. No início de junho, uma pesquisa brasileira ganhou destaque pela eficácia.
A Nanox, uma startup que já produz tecidos que evitam a proliferação de fungos e bactérias, produz um tecido composto por poliéster, algodão e duas micropartículas de prata em busca de vírus ou vírus.
Análise com laser e simulação de simulação de espirro mostra quais máscaras caseiras são mais usadas contra um Covid-19 Você está meses depois do primeiro alerta sobre o novo coronavírus: o que já sabemos e o que ainda está acontecendo?
O produto foi enviado para testes no Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP) e, em parceria com a Universidade Jaume I, de Espanha, e com o Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF) da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), foi comprovada a composição do tecido inativo até 99,9% do SARS-CoV-2 em dois minutos de contato.
Na Suíça, um estudo semelhante ao realizado em São Paulo comprovou a mesma eficácia no início de junho nos testes com máscaras faciais.
Mas afinal, os tecidos são capazes de combater o coronavírus? Qual a sua aplicação? E o custo desses tecidos, é muito mais alto? O G1 Ouviu os pesquisadores do projeto brasileiro e um infectologista para resolver essas questões.
Para testar a eficácia do tecido, os pesquisadores utilizam uma grande quantidade de vírus no laboratório e isolam essa amostra. Dentro de um frasco, o tecido foi enxertado com uma enorme carga viral e foi observado se houvesse inatividade do Sars-Cov-2 (veja na imagem abaixo).
Segundo Luiz Gustavo Pagotto Simões, diretor da Nanox em dois minutos de contato com tecido de poliéster, algodão e duas micropartículas de prata com vírus, 99,9% do Sars-Cov-2 foi inativado.
“Ali (na amostra), você terá milhares de unidades de vírus. Eliminando 99,9% de você pode receber cinco unidades de vírus. Então você tem uma redução drástica de vírus. O produto também é um anti-fungo, antiodor e elimina uma bactéria” , declarou ou diretor em entrevista ao G1.
O Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP), responsável pelo isolamento do SARS-Cov-2 no Brasil, executa os testes de tecidos, liderado pelo professor Lúcio Freitas Junior, pesquisador do ICB-USP, que explica como procedimento foi realizado:
“Infecta um tecido sem alteração, outro com duas alterações e um com vírus que fica dentro de um tubinho, sem nada, durante todo esse tempo. interessante. O tecido normal (sem alteração) já elimina 20% de vírus. Nenhum cenário com alterações, elimina 99,9% de vírus. Simplesmente isso “, afirmou o professor.
Ao ir para um supermercado ou algum comércio, por exemplo, uma pessoa está em contato com vírus e bactérias. Em uma suposição em que essa pessoa encontra um objeto contaminado com o vírus da hepatite e logo em seguida passa a mão na camisa, ou o tecido com a tecnologia descoberta consegue 99,9% de vírus em dois minutos.
Com isso, o contágio através do contato pode sofrer uma redução nas situações abaixo. O infectologista Alexandre Barbosa, da Sociedade de Infectologia de São Paulo, no entanto, alerta que o contato NÃO é o maior causador da transmissão de vírus do Covid-19.
“Ainda que os estudos mostrados que esses tecidos realmente podem ser protetores sem sentido de inferência no Covid, outros vírus, bactérias e fungos, isso é uma aplicabilidade, uma importância menor, relativamente baixa na relação à Covid, visto que a transmissão por contato não é Cerca de 70%, 80% das pessoas estão contaminadas por gotículas, forma respiratória “, comenta Barbosa.
Nas máscaras faciais, porém, o infectologista acredita que há uma importância maior e o tipo de tecido pode ser aliado no combate à propagação de vírus.
Os tecidos podem ser usados ??na confecção de diversas roupas: jeans para produção de calças e jaquetas, camisas sociais, uniformes de empresas, roupas de academia, jaleco médico e aparelhos médicos em geral.
De acordo com o professor Lúcio Freitas Junior, empresas que realizam testes de confecção de madeira e plástico ou procuraram fazer testes nesses materiais. Não há, porém, uma sinalização de que esses testes serão realizados neste momento.
Os testes realizados mostram que o tecido pode ser lavado até 30 vezes até que o efeito contra vírus comece a ser prejudicado. Os pesquisadores querem aumentar essa utilização nas próximas confecções.
Luiz Gustavo Pagotto Simões estima que os produtos feitos com tecido de poliéster, algodão e duas micropartículas de prata sejam de 3% a 5% mais caros dos que são vendidos normalmente nos negócios.
Segundo Simões os tecidos tecnológicos já estão à venda na grande São Paulo e no interior do Estado.
Em outros países, as tecnologias em tecidos para combate ao coronavírus também estão sendo utilizadas.
Em Indiana, nos Estados Unidos, desenvolva um tecido capaz de inativar ou coronavírus usando um campo elétrico fraco com baterias de microcélulas. O estudo mostra que os taxa de eletricidade não são prejudiciais à saúde humana.
Já em Israel, uma empresa desenvolveu um tecido com revestimento de nanopartículas de óxido de zinco, que também destrói bactérias, fungos e vírus. De acordo com a agência Reuters, um teste com os tecidos está sendo realizado na Itália em veículos e sem transporte público.