Inovação é o desafio que os tempos inéditos que vivenciamos hoje impôe m à gestão das empresas. Um dos impactos mais visíveis deste momento transformador é a aceleração digital. Mas não é apenas este processo já em curso que vai deixar marcas em nossas futuras rotinas. Evoluções pontuais podem ser encontradas nos mais diferentes segmentos. Estamos em meio a uma experiência única, que trouxe como consequência a revalorização do carro próprio, visto agora como uma cápsula de segurança contra a contaminação não apenas pelo virus dos nossos dias, mas também por outras doenças que possam surgir ou até mesmo aquelas que já existiam. Neste cenário, a tradicional empresa Rho dia desenvolveu no Brasil um fio têxtil de poliamida imune à ação de virus e bactérias.A empresa explica que esta novidade bloqueia a contaminação cruzada entre os artigos têxteis e o usuário, evitando assim que a roupa seja um vetor de transmissão de virus e bactérias que podem estar em uma superfície têxtil.
Com a mesma proposta, a empresa Nanox, com apoio da Fapesp, desenvolve tecido a ser aplicado aos bancos dos automóveis para proteger os ocupantes de contaminação por vírus. São inovações que, uma vez aplicadas, dificilmente experimentarão retrocesso. O fato é que a inovação já está na mente e nas atitudes de empresários e gestores. Pesquisa inédita divulgada neste mês de julho pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) confirma que as soluções inovadoras serão decisivas já neste momento para o pais enfrentar os efeitos da Covid-19 sobre a saúde da população e minimizar as perdas sociais e econômicas. Além disSo, numa segunda etapa, a inovação 74 será decisiva para acelerar a retomada da atividade e do crescimento da economia no Brasil. Entre as mais de 400 empresas ouvidas, 85% afirmam que precisarão de mais inovação para crescer ou mesmo sobreviver no mundo pós-pandemia.
Os executivos das industrias destacaram que a linha de produção é a área prioritária para receber inovações (58%), seguida pela área de vendas (19%). O estudo encomendado pela CNI ao Instituto FSB Pesquisa mostra também que 65% das médias e grandes empresas tiveram sua produção reduzida ou paralisada devido à pandemia. Além disso, 69% perderam faturamento. Mesmo quem não sabe como inovar, tem consciência da necessidade de fazer diferente.
Os números da pesquisa revelam que 68% das empresas alteraram de alguma forma seu processo produtivo, mas apenas 568% dessas consideram ter inovado, de fato, após a mudança. Entre todas as empresas pesquisadas, 39% dizem que a mudança empreendida foi de fato uma inovação. r o Necessidade de inovar para crescer ou sobreviver no mercado (na amostra total).
Entre as mudanças efetuadas, a mais citada diz respeito à relação com os trabalhadores (90%), depois vêm mudanças na linha de produção (84%) nos processos de venda (82%), na gestão (75%), na logistica (62%), na cadeia de fornecedores (61%) e no controle de estoques (55%). Diante da experiência proporcionada pelo momento sanitário, econômico e social que experimentamos, o desafio agora e- a partir da consciência da necessidade de inovar investir na estrutura necessária a essas transformações. Das empresas que inovam, só 37% têm orçamento específico para inovação e apenas 35% têm profissionais dedicados exclusivamente aos processos inovativos.