O material, feito em parceria entre a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e a Nanox, já chegou ao mercado para confecção de qualquer tipo de peça como, roupas, jalecos e máscaras
Resumo da Notícia
O estudo é uma parceria entre a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e a Nanox
O tecido promete eliminar o coronavírus em até 2 minutos
O material possui nanopartículas de prata e sílica
Cinco empresas têxteis já estão usando o material
Desenvolvido por um grupo de pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), um tecido com nanopartículas de prata e sílica, que promete eliminar o novo coronavírus em dois minutos, já está no mercado. Ele pode ser usado na fabricação de roupas e ainda em jalecos para os profissionais de saúde.
O estudo é uma parceria com a empresa de tecnologia Nanox, que possui apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Invisível a olho nu, o tecido apresenta nanopartículas que são mil vezes menores do que um grão de areia.
De acordo com Elson Longo, pesquisador e professor do Instituto de Química da UFSCar, em entrevista ao G1, ele explicou que já se sabia que o tecido poderia eliminar fungos e bactérias, mas agora também foi descoberto a eficiência para a covid-19. “Esse composto matou 99,9% do coronavírus e a vantagem deste produto é que ele tem durabilidade de dois anos, aguenta pressão e aguenta temperatura”.
Já Gustavo Simões, diretor da Nanox, disse que o tecido possui uma reação química que produz um tipo de água oxigenada, que elimina o vírus. “Com algumas tecnologias você pode reduzir o tempo de contaminação e a contaminação cruzada, que muitas vezes a gente se contamina por tocar numa superfície e levar a mão aos olhos ou a boca”.
Ainda está sendo estudado a duração do efeito antiviral do tecido, pois para ações antibacterianas e fungicidas, pode durar em torno de 30 lavagens. Até o momento, Gustavo explicou que cinco empresas têxteis do interior de São Paulo já estão usando o tecido, por ser uma proteção barata contra o vírus. Para o custo de produção, a diferença do tecido especial é apenas 5% maior do que para o convencional.
“Esse material é aplicado na linha de produção do tecido, então as tecelagens podem vender para as confecções poderem fazer qualquer tipo de peça de vestuário com esse material”, explicou. Neste momento, a maior procura do tecido é para a produção de jalecos e Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para os profissionais da área da saúde.