Ponto positivo para a ciência em nosso País. Pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), desenvolveram dois novos métodos para identificar casos de covid-19, com potencial para acelerar a testagem em massa no país. Os dois testes utilizam a saliva para detectar o vírus e têm alta sensibilidade, a exemplo do teste padrão ouro RT-PCR; e ainda com a vantagem de ser ao menos um terço do preço do RT-PCR, que atualmente custa entre R$ 300 e R$ 450.
O primeiro teste desenvolvido, os pesquisadores utilizam um dispositivo com o mesmo princípio de funcionamento do medidor de glicose. O resultado sai rapidamente, é confiável e pode ser encaminhado pelo celular.
Além disso, Ronaldo Censi também falou que por meio desse método, há possibilidade de se detectar outras doenças ou condições como alzheimer, leichmaniose, câncer e hanseníase.
Em outro teste desenvolvido por eles, os pesquisadores utilizam uma plataforma já amplamente conhecida pelos laboratórios, chamada Elisa, que faz a leitura de enzimas, e que permite a análise de 96 amostras de saliva a cada meia hora. Ainda de acordo com os pesquisadores, por utilizar uma tecnologia já utilizada por laboratórios, esse tipo de teste poderia ser rapidamente adotado por empresas interessadas e resolver dois gargalos da testagem em massa no país: o custo dos testes e o tempo de diagnóstico. O fato é que o Brasil precisa louvar iniciativas como essa, além de incentivar mais ações nas áreas de ciência e tecnologia, a fim de sermos a Nação que pretendemos ser um dia.