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LED nos semáforos

Publicado em 11 fevereiro 2011

Terra da Gente, com info da Agência Fapesp

Quem já não esteve em frente a um semáforo e não conseguiu enxergar a sua luz acessa, em função da incidência do Sol? Além desta confusão, há que se salientar outro problema, de ordem econômica: o alto consumo de energia das lâmpadas utilizadas no sistema. Por isso mesmo, um novo modelo de semáforo começou a ser testado em São Carlos, no interior de São Paulo, e que utiliza um conjunto de diodos emissores de luz (LEDs) de alta potência e grande eficiência óptica.

Desenvolvido pela empresa DirectLight, formada a partir de um grupo de pesquisa da Universidade de São Paulo (USP), campus de São Carlos, o equipamento pode resultar ainda em uma economia de energia de até 90%. ``Um semáforo convencional utiliza lâmpadas incandescentes de 100W, que consomem 400W em apenas um cruzamento de quatro vias, enquanto os LEDs do sinalizador de trânsito que projetamos consomem apenas 40W``, disse o coordenador do projeto, Luís Fernando Bettio Galli.

Segundo ele, outra vantagem dos LEDs em relação às lâmpadas incandescentes é a vida útil. Os LEDs podem permanecer mais de 50 mil horas acesos, apresentando 75% da eficiência inicial, ao passo que as lâmpadas incandescentes duram apenas 4 mil horas. ``O LED é um emissor que não apaga repentinamente. Ele vai degradando com o tempo e, depois de seis anos ligado, só perderá 25% da eficiência óptica inicial``, afirmou.

A tecnologia brasileira também conseguiu estabelecer um semáforo diferente em relação aos existentes em outros países: o conjunto nacional é composto por três tipos de lentes, o que um melhor aproveitamento e distribuição da luz emitida pelos diodos e direcioná-la de forma correta.

``Não adianta simplesmente colocar os LEDs virados para frente, porque eles têm uma abertura de emissão de 120 graus. Desenvolvemos o conjunto de lentes para aproveitar ao máximo a luz emitida por eles e direcioná-la só para a parte que interessa, que é o trânsito``, explicou Galli.

O projeto foi desenvolvido pela empresa em parceria com o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica do Instituto de Física da USP de São Carlos e contou com financiamento da Fapesp por meio do Programa Fapesp Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), no projeto Sinalizador de trânsito à base de LED com operação emergencial.