A urgência de entender o mar paulista e como ele ficará com a exploração do petróleo com o pré-sal, faz a comunidade científica se antecipar nas ações. Em reunião de mais uma edição dos Fóruns Permanentes organizados pela Unicamp, a Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) está disposta a adquirir o melhor navio oceanográfico disponível no momento, desde que as três universidades públicas paulistas contratem mais cientistas para incrementar as pesquisas no oceano.
"Podemos investir em equipamentos, barcos ou num navio, mas não podemos contratar pesquisadores e professores; as universidades, sim. Queremos enfatizar os projetos de pesquisa sobre o mar montando um plano competitivo mundialmente. É o desafio que deixo aqui na Unicamp", afirmou o professor Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da agência de fomento.
Segundo ele, a Fapesp está bastante satisfeita com os resultados do Programa Biota, que demonstra capacidade de se regenerar graças à participação da comunidade que traz ideias, críticas e desafios novos. "O Biota também serviu para colocarmos em prática uma medida importante: a busca de apoio institucional aos projetos, que é menor do que nossos investimentos. Não cabe a um coordenador telefonar para o convidado, marcar sua passagem e pegá-lo no aeroporto; cientista precisa do seu tempo para fazer ciência. A Unicamp já forneceu um manager para o programa e outro profissional que cuida da base de dados, além de serviços de outras unidades".
Fonte: Unicamp