O abacateiro pode ser uma nova alternativa para a produção de biodiesel, de acordo com estudo realizado por pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (UNESP). O abacate apresenta vantagem em relação a outras oleaginosas estudadas ou usadas para a produção de biocombustível, como a soja. O motivo é que do mesmo fruto é possível extrair as duas principais matérias-primas do biodiesel: óleo (da polpa) e álcool etílico (do caroço).
“O objetivo principal da pesquisa era a extração do óleo para produção de biodiesel. Mas, ao tratarmos o resíduo, que é o caroço, conseguimos obter álcool etílico. Isso, por si só, é uma grande vantagem, já que da soja é extraído somente o óleo e a ele é adicionado o álcool anidro”, explicou Manoel Lima de Menezes, professor do Departamento de Química da Faculdade de Ciências da Unesp, em Bauru, e coordenador da pesquisa, que teve apoio da Fapesp na modalidade Auxílio à Pesquisa - Regular.
O Brasil é o terceiro produtor mundial de abacate, com cerca de 500 milhões de unidades produzidas por ano. Cultivado em quase todos os Estados, mesmo em terrenos acidentados, a produção se dá o ano todo, com 24 espécies que frutificam a cada três meses. (Agência Envolverde)
(Agência Envolverde)