Finalizando o processo de certificação do Supi, a XMobots espera ter um aumento superior no de 60% em seu faturamento. O modelo, que será o primeiro da marca a sobrevoar áreas urbanas, alcança uma autonomia de 2,5 horas, e possui um novo software de projeto de missão, o XPlanner.
“Os entendimentos com o DCEA [Departamento de Controle do Espaço Aéreo] e com a Anac [Agência Nacional de Aviação Comercial] estão adiantados”, disse Giovani Amianti, CEO da empresa que desenvolve o projeto com apoio do Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE) da FAPESP.
“Estamos reivindicando voar em um espaço aéreo adaptado, que a aeronave é capaz de acessar sem depender do Notam [‘Notice to Airmen’, documento expedido pelo Aeronáutica com no mínimo sete dias de antecedência do voo programado]. A integração com o espaço aéreo, no caso, é realizada pelo controlador do voo, exigindo que a aeronave esteja equipada com uma série de sistemas e controles que possibilitem ao controlador ‘enxergá-la’”, explicou.
Com 50 funcionários, a empresa prevê fechar o ano com um faturamento próximo a R$ 9 milhões. “A empresa já recebeu, entre 2010 e 2015, cerca de R$ 11 milhões em investimento para pesquisa e desenvolvimento de seus produtos de órgãos de fomento como a FAPESP, Finep e CNPq. Se considerado o retorno em impostos, em 2017 todo o valor investido na XMobots já terá retornado para a sociedade”, disse Amianti.