O Interior Paulista acaba de ser reconhecido oficialmente por abrigar os polos mais densos em projetos de pequenas empresas de base tecnológica, segundo estudo das universidades Estadual de Campinas (Unicamp) e George Washington, dos EUA, divulgado na edição de agosto da revista Pesquisa, da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).
O documento analisa a distribuição geográfica de projetos de pequenas empresas de base tecnológica no Estado de São Paulo. Embora a capital paulista abrigue maior quantidade desses projetos, o Interior Paulista desponta com os polos mais densos, levando-se em conta o número de projetos por 100 mil habitantes. São Carlos está à frente, seguindo-se Campinas, São José dos Campos e Ribeirão Preto. A Fapesp apoia a execução de pesquisa científica e tecnológica em micros, pequenas e médias empresas em municípios paulistas.
Empreendedorismo
Segundo a matéria, assinada por Bruno de Pierro e intitulada "Terrenos férteis para inovação", o estudo analisa a prevalência em diferentes regiões do Estado do chamado empreendedorismo intensivo em conhecimento (KIE, na sigla em inglês). Trata-se da concentração de empresas jovens e inovadoras que utilizam novas tecnologias geradas por universidades e por elas próprias e conseguem tirar partido de oportunidades de negócio em setores diversos. O Interior desempenha papel relevante nessa tendência.
Os polos
Foram analisados 1.130 projetos distribuídos em 114 cidades que tiveram projetos concedidos entre 1998 e 2014. Cinco delas se destacam pela alta concentração: São Paulo (298 projetos), Campinas (197), São Carlos (177), São José dos Campos (72) e Ribeirão Preto (55). São Carlos lidera o ranking com 199 projetos por grupo de 100 mil habitantes, seguindo-se Campinas com o índice 43,67, São José dos Campos, 28,72, e Ribeirão Preto, 23,12; a capital tem o índice de 6,27.