Três pessoas foram imunizadas na manhã desta sexta-feira (25), na Faculdade de Medicina, no bairro Santa Efigênia. Um dos voluntários vacinados com a SpiN-Tec foi João Pedro
Três voluntários foram vacinados contra a Covid-19 com a SpiN-Tec – primeira vacina 100% brasileira contra a doença desenvolvida pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). As imunizações foram realizadas na manhã desta sexta-feira (25) no campus da Faculdade de Medicina, no bairro Santa Efigênia, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte.
Testes em humanos da 1ª vacina brasileira contra a Covid, da UFMG, começam nesta sexta-feira
Essa pequena amostragem, de acordo com os pesquisadores da UFMG, é chamada de “corte de sentinela”, e os vacinados são avaliados por um período de sete dias.
O número de imunizados vai aumentando, gradativamente, até atingir 72 pessoas, em fevereiro ou março de 2023.
Na segunda fase, o número de vacinados sobe para 360. As duas etapas têm previsão de ser finalizadas no primeiro semestre do ano que vem.
Testes em humanos
O objetivo dos ensaios clínicos é ter evidências quanto à eficácia e à segurança do imunizante, além de descobrir eventuais reações adversas.
Os testes em humanos foram autorizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em outubro. Nos estudos pré-clínicos, feitos em animais, a vacina não gerou efeitos colaterais adversos e demonstrou capacidade de produção de anticorpos. Os exames comprovaram também que o imunizante é eficaz contra diferentes variantes do vírus.
Em 17 de novembro, a UFMG e o Centro de Tecnologia de Vacinas (CT-Vacinas) abriram cadastro para voluntários interessados em participar das fases 1 e 2 dos testes clínicos.
Os interessados devem ser saudáveis; ter entre 18 e 85 anos; ter recebido as duas doses iniciais de CoronaVac ou AstraZeneca e uma ou duas doses de reforço com Pfizer (há pelo menos 9 meses) ou AstraZeneca (há pelo menos 6 meses) e residir em Belo Horizonte durante os 12 meses de estudo. As mulheres não podem estar grávidas ou amamentando.
São necessários 72 voluntários para a fase 1 e 360 para a fase 2. Os selecionados serão avaliados clinicamente e laboratorialmente antes de receber a vacina.
Depois, a equipe responsável pelos testes clínicos fará ligações periódicas para os voluntários para saber como eles estão se sentindo. Além disso, os participantes do estudo deverão fazer sete visitas ao centro de pesquisa da Faculdade de Medicina da UFMG até cerca de um ano após a aplicação.
Após a realização das fases 1 e 2 dos testes clínicos, os pesquisadores vão solicitar autorização para a terceira etapa, com testes em 4 a 5 mil pessoas. A expectativa é que a vacina comece a ser aplicada, de fato, em 2025.
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