Um estudo coordenado por pesquisadores da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM-Unifesp), foram descobertas variantes do vírus da raiva em morcegos. O vírus, que é mortal aos humanos, é comumente encontrado em saguis e agora foi detectado em outras espécies de animais.
Foto: reprodução / Larissa Leão Ferrer de Sousa Agência Fapesp
Após os resultados divulgados no Journal of Medical Virology, pesquisadores alertam para o perigo dessa circulação viral. Dentre os animais que já foram encontrados com variantes do vírus da raiva, estão os saguis-de-tufo-branco e espécies de morcegos frugívoras e insetívoras. Os mamíferos voadores que se alimentam de sangue são os principais hospedeiros e transmissores.
Propagação e suas principais causas
No Ceará, já foram registradas 15 mortes nos últimos 30 anos. A principal propagação do vírus se dá por meio do contato humano com esses animais. No interior do Estado, ainda é frequente a prática de captura e criação de saguis, estes animais são vistos constantemente nos ambientes urbanos.
Isso acontece porque o habitat desses animais estão sendo destruídas progressivamente em todo o país com a expansão das cidades e do mercado agropecuário.
Consequências
A raiva é uma doença transmitida somente por animais mamíferos, geralmente por meio da mordida e inoculação do vírus presente na saliva. O vírus entra nas células do sistema nervoso e invadindo os nervos periféricos após ser inoculado através da pele. Após isso, depois de alguns dias, atinge o sistema nervoso central. Ao chegar no cérebro, o vírus causa a encefalite rábica, que leva os pacientes à morte.