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Vinhedo e Jaguariúna usam app para censo e identificação de animais perdidos (6 notícias)

Publicado em 17 de agosto de 2019

Por Luciano Calafiori, G1 Campinas e Região

CrowdPet foi desenvolvido em Campinas (SP) em empresa filha da Unicamp e com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Arte mostra como funciona o sistema de identificação de animais

Vinhedo (SP) e Jaguariúna (SP) estão usando a primeira etapa de uma plataforma desenvolvida em Campinas (SP) com o uso da inteligência artificial para censo e identificação de animais de estimação perdidos ou em situação de rua.

O CrowdPet usa a câmera de fotos de celulares para identificar os animais e pode ser uma alternativa frente aos sistemas usados como a microchipagem, geralmente caras e invasivas. Pode ainda prevenir abandonos por parte dos proprietários, já que o sistema tem quem é responsável pelo animal.

A plataforma – base de dados e aplicativo para celulares- é fruto de uma das empresas-filhas da Unicamp, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

O sistema armazena ainda dados de saúde de cães e gatos que podem ser acessados por veterinários e profissionais dos centros de zoonoses.

A proposta da empresa responsável pelo sistema é lançar nos próximos meses o aplicativo para a população nas lojas virtuais de apps. Hoje, apenas os profissionais das zoonoses das cidades e ongs têm acesso ao aplicativo.

“O grande desafio tecnológico da ferramenta é ser capaz de decidir se a foto que o usuário acabou de tirar é do animal que está cadastrado na plataforma ou não”, explica Fábio Piva, um dos quatro fundadores do app.

Como funciona

Vamos supor que um usuário perde um cachorro que está cadastrado no banco de dados. O usuário entra no aplicativo e sinaliza que o animal está desaparecido. Se outro usuário vê o animal perdido e tira uma foto, o sistema avisa o dono que o pet foi encontrado.

900 cadastros

Em Jaguariúna, 900 animais já foram cadastrados após os proprietários serem convocados, mas em 90 dias os bichos passarão por biometria, informou o poder público.

Dentro do programa usado inclui a impressão de um QR Code (um código de barras que é facilmente escaneado pelo celulares).

Nele, é possível identificar o endereço do dono, telefone, características físicas e o histórico de saúde do pet, como quando foi à última vacina aplicada.

Visitas em conjuntos habitacionais

Em Vinhedo, os profissionais do Departamento de Bem-Estar Animal estão visitando conjuntos habitacionais para fotografar os animais e pegar os dados dos proprietários. Na cidade, também está sendo pensado o impresso o QR Code, que serve como um RG do pet. A prefeitura procura uma parceria para imprimir os QR Codes em forma de cartões que podem ficar com os donos ou serem anexados às coleiras.

O cadastro será aumentado até o final do ano, quando o município fará 900 castrações. Outra forma de criar um censo populacional dos animais domésticos e divulgar o cadastro na conta de água dos moradores. O aviso será para que todos com animais façam o cadastro deles na Prefeitura.

“ A ideia é que todos sejam registrados”, afirma o secretário de Meio Ambiente, Juliano Ferragutti.

Ideia partiu de cadela ‘fujona’

A ideia da plataforma para censo ou encontrar animais perdidos surgiu após um histórico de uma cadelinha de uma amiga de Fábio Piva que sempre fugia. Segundo ele, em conversas com prefeituras e câmaras municipais, a ideia foi estendida para se transformar em uma plataforma com banco de dados mais completos.

“O aplicativo é um pedaço da plataforma. Quando eu falo em plataforma, eu tenho o aplicativo. Na plataforma, eu tenho um formulário online com página na internet, e esse formulário também está inserido no nosso servidor. Temos uma série de pontos de entrada de dados que pessoas preenchem com objetivos diferentes” , afirma Piva.