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Vídeo ajuda no diagnóstico de câncer de pele pela web (1 notícias)

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Por Fabiana Pio
O índice de incidência de câncer de pele no Brasil tem aumentado a cada ano. Só em 2001, o Instituto Nacional do Câncer estima que 57 mil novos casos foram registrados no país. Atenta a esse quadro, a empresa Atonus, com o apoio da Fapesp, desenvolveu um equipamento para diagnosticar as lesões cutâneas. Segundo Antonio Francisco Junior, diretor da Atonus Engenharia de Sistemas, a empresa criou o vídeo dermatoscópio, instrumento computadorizado formado por fibra óptica, que capta as imagens da pele, analisa e as transfere via internet entre os especialistas da área médica. O equipamento é formado por um computador com monitor, placa de rede, placa de captura de imagens, scanner e impressora. O software disponível permite catalogar dados dos pacientes, adquirir e pré-processar imagens de lesões cutâneas, além de realizar análise morfológica. "O instrumento diagnostica 40% dos casos das lesões, mas em 60% deles é necessário que haja a opinião de médicos especialistas", diz Francisco. Segundo ele, o programa permite transmitir as imagens das lesões via internet para que haja uma segunda opinião médica sobre o diagnóstico. O projeto da Atonus com a Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) teve início em 1995 e foi finalizado em janeiro de 2001. Segundo Francisco, foram investidos cerca de R$ 200 mil pela Fapesp para o aprimoramento do equipamento e desenvolvimento de toda a infra-estrutura. "Já havíamos criado o instrumento, mas era preciso aperfeiçoá-lo". Antonio Francisco destaca-se por sua criatividade e persistência. Após ter se formado pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro, Francisco fez cursos de mestrado no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), doutorado na USP e na Europa. Desenvolveu projetos tecnológicos para o Instituto de Tecnologia Aeronáutica (ITA) e para a USP de São Carlos, recebeu, em 1996, o I Prêmio Compaq de Estímulo à Pesquisa e Desenvolvimento em Informática. Trabalhou até 1999 no Inpe, quando participou do Plano de Demissão Voluntária. "Na época, já participava do Programa Inovação Tecnológica em Pequenas Empresas (PIPE) da Fapesp. Graças a esse projeto, pude adquirir toda a infra-estrutura necessária para desenvolver novos equipamentos e apostar no crescimento da Atonus", diz Francisco.