Intenção de pesquisador é inibir a procriação dos roedores na USP
A raia olímpica da USP tem servido de laboratório para o veterinário norte-americano Derek Andrew Rosenfield, que testa vacinas de inibição de fertilidade de capivaras.
Em 2013, um casal de roedores deixou a marginal Pinheiros na companhia de cinco filhotes e migrou para a raia olímpica. No final de 2016, quando Rosenfield iniciou a pesquisa, a grande capacidade reprodutiva dos animais já havia multiplicado a população local para 40 animais no total.
Ainda que pacatas, as capivaras trazem problemas para aqueles que frequentam a raia. Os remadores queixam-se de choques com elas na água. Elas roem cascos de madeira das canoas. As margens da raia olímpica ficam cheias de montinhos de fezes.
Além disso, as capivaras carregam muitos carrapatos (cada aracnídeo pode colocar até 8.000 ovos). Há, também, o risco de invadirem a marginal Pinheiros e causarem acidente.
A pesquisa de Rosenfield, doutorando da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP e financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), propõe método de controle populacional das capivaras menos invasivo que a castração, que demanda captura dos animais e intervenção cirúrgica e influencia no comportamento dos machos.
(Folha)