Programa de Avaliação Seriada (PAS) da Universidade de Brasília está causando controvérsia entre alunos, pais e professores das escolas de segundo grau.
A introdução de matérias como Educação Sexual no currículo da primeira série está sendo questionada por pais de alunos que sentem medo da abordagem que pode ser feita.
"Uma aula mal dada pode gerar confusão na cabeça do meu filho", diz a psicóloga Maria Antônia Gonçalves. Ele prefere esclarecer o filho em casa.
Já a aluna do Colégio Leonardo da Vinci, Maria Carolina Mello, 15 anos, está esperando a discussão dos temas relacionados à sexualidade. "Na verdade, sabemos muito pouco sobre sexo", opina.
O diretor do Centro Educacional Sigma, Ronaldo Jungh, se diz preocupado com as aulas sobre drogas.
"Não queremos que o assunto seja tratado de maneira a despertar o interesse dos alunos pelas drogas", diz Ronaldo.
IGNORÂNCIA
O coordenador do Centro de Seleção e Promoção de Eventos da UnB, Mauro Moura, responde aos questionamentos afirmando que "a pior coisa que pode haver no mundo é a ignorância com relação a um tema".
Também a inclusão de cinco questões sobre Artes na prova a ser elaborada pela UnB - e realizada pelos alunos no fim da primeira, segunda e terceira séries do segundo grau - é alvo de críticas. A ênfase que os professores davam à parte emocional nas áreas de Música, Artes Plásticas e Cênicas não é mais a mesma. Agora, eles passam a se preocupar em transmitir conceitos objetivos e muita História da Arte.
No Colégio Marista, por exemplo, alunos de primeira série estão aprendendo a arte do Egito.
O que agrada a uns, desagrada a outros. "Para que eu quero saber de pirâmides e faraós?", questiona o aluno do Colégio Leonardo da Vinci, Malthus da Silva, 16 anos.
Mauro Moura justifica a inclusão de Artes no currículo dizendo que a proposta do vestibular seriado é fazer com que a formação do aluno seja a mais eclética possível.
Notícia
Gazeta Mercantil