Notícia

Jornal de Piracicaba

Vem aí a cana-energia

Publicado em 14 novembro 2012

Dentro de uma década, a cana-de-açúcar poderá ser uma planta mais resistente à seca, menos dependente de fertilizantes e defensivos, com maior teor de fibras, uma parede celular mais fácil de ser rompida para favorecer a obtenção de etanol também do bagaço e poderá ainda possuir teor de sacarose maior ou menor de acordo com a necessidade de uso. A meta é de programa de pesquisa desenvolvido em São Paulo pela Fapesp.

Melhoramento

“O objetivo é aumentar a produção de etanol e de biomassa com o menor impacto ambiental possível. E isso inclui o adequado uso da terra, da água e redução das emissões de poluentes”, diz Glaucia Mendes Souza, professora do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP). Além dos esforços de melhoramento assistido por ferramentas moleculares, há grupos dedicados a encontrar microrganismos mais eficientes para fermentar a biomassa. Outros buscam a melhor forma de pré-tratar o bagaço e prepará-lo para a produção do etanol celulósico.

Impactos ambientais

Também há pesquisadores dedicados a diminuir os impactos ambientais e sociais da produção de biocombustíveis. Uma das frentes trabalha no desenvolvimento de motores flex mais eficientes. Há ainda projetos que buscam a obtenção de biocombustíveis a partir de óleos vegetais e propõem usar os resíduos do processo para fabricar produtos químicos de alto valor agregado.