BNDES irá financiar 30% do primeiro centro brasileiro de estruturas leves
O Parque Tecnológico de São José dos Campos irá abrigar o primeiro laboratório do Brasil para a pesquisa de estruturas leves destinadas ao setor aeroespacial. O projeto está avaliado em R$ 90,5 milhões e deve ser concluído em até três anos.
A previsão é de que suas atividades comecem seis meses após o início de sua construção, programada para ser iniciada neste semestre. No início deste mês, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) aprovou um financiamento de 27,6 milhões, 30,5% do investimento total previsto para o Laboratório de Pesquisas de Estruturas Leves.
O recurso foi destinado ao IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) e a Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), entidades parceiras do projeto. O primeiro será responsável pelo gerenciamento do laboratório.
“O laboratório será direcionado para projetos de inovação, atuando no desenvolvimento e validação de tecnologias. O espaço irá ocupar uma área de 4 mil metros quadrados no Parque Tecnológico.
"O laboratório é o maior investimento do Parque Tecnológico. Ele terá o mais alto conceito em instalações e equipamentos e irá gerar novos produtos e tecnologias para o setor aeroespacial a partir de São José", afirmou o secretário de Desenvolvimento Econômico de São José, Toshihiro Yosida.
Para o secretário, o espaço será determinante para o fortalecimento da estrutura do parque. O restante dos recursos necessários para a implantação do centro virão da Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica) com R$ 42 milhões em homens / hora, Fapesp (R$ 4,7 milhões), IPT (7,3 milhões) e Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), com R$ 8,8 milhões.
"O laboratório estará integrado ao CDTA (Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Aeronáutica), que está sendo implantando em três fases. Ele entrará na última etapa", disse o assessor da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Luiz Paulo Costa.
A primeira fase do CDTA já está em funcionamento. É o Programa de Especialização em Engenharia, um mestrado em engenharia aeronáutica. A segunda fase, em processo final de implantação, é o 'avião virtual', um ambiente de realidade virtual onde serão projetadas aeronaves.
Embraer - A Embraer será a empresa-âncora dos projetos iniciais do laboratório, responsável pela compra, industrialização e comercialização dos produtos desenvolvidos. O objetivo das pesquisas é reduzir o peso e o custo de estruturas aeroespaciais, compostas hoje basicamente de alumínio, titânio e aço. Em menor proporção também são utilizados materiais à base de plástico e fibra de carbono.
O desenvolvimento de estruturas leves também pode ser aplicado nos setores automobilístico, autopeças, petróleo e gás, naval, bélica, geração e transporte de energia elétrica, construção civil e bens de capital.
Serão desenvolvidos inicialmente no local quatro projetos para o setor aeronáutico em um período de três anos. As iniciativas serão financiadas pela Fapesp, Finep e Embraer.
O primeiro deles irá unir Embraer e pesquisadores do ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica) no desenvolvimento de estruturas de materiais compostos – tecnicamente chamados de compósitos – para estruturas aeronáuticas. Outros dois projetos da Embraer irão avaliar o desempenho de estruturas metálicas. O quarto irá desenvolver tecnologias para fabricação de fuselagens.
O local irá abrigar 94 especialistas fixos, entre pesquisadores acadêmicos, do IPT e engenheiros da Embraer.
Metrologia
O IPT também deve implantar até o final do ano um laboratório de metrologia no Parque Tecnológico, com recursos recebidos da Secretaria Estadual de Desenvolvimento.
O laboratório irá dar suporte aos centros de pesquisas já implantados no núcleo – o CDTA e o CDTE (Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Energia).Para viabilizar o empreendimento, a Secretaria Estadual de Desenvolvimento destinou uma verba de R$ 700 mil ao instituto e a prefeitura irá ceder uma área de 200 m²
O laboratório
Espaço: 4 mil metros quadrados no Parque Tecnológico
Investimento: R$ 90,5 milhões
Financiamento: R$ 27,6 milhões (BNDES), R$ 42 milhões em homens/hora (Embraer), R$ 4,7 milhões (Fapesp), R$ 7,3 milhões (IPT), R$ 8,8 milhões (Finep)
Objetivo: reduzir o peso e o custo de estruturas aeroespaciais, compostas hoje basicamente de alumínio, titânio e aço.
Aplicação: as estruturas leves também pode ser aplicado nos setores automobilístico, petróleo e gás, naval, bélico, geração e transporte de energia elétrica e construção civil.
Prazo de conclusão: 3 anos