País registrou mais de 6,4 milhões de casos prováveis e 5.204 mortes por dengue
A ministra da Saúde Nísia Trindade confirmou que a vacinação não será a principal estratégia contra a dengue em 2025. Segundo a titular da pasta, o laboratório japonês responsável pelo imunizante comunicou que não tem condições de iniciar o processo de transferência de tecnologia devido a problemas com a matéria-prima utilizada. Até esta quarta-feira (28), o país registrou mais de 6,4 milhões de casos prováveis e 5.204 mortes por dengue, além de 2.032 óbitos ainda em investigação.
Quanto à vacina brasileira, produzida pelo Instituto Butantan, Nísia afirmou que o imunizante precisa passar pela aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Segundo a ministra, o imunizante nacional é a maior aposta do governo, mas ressaltou que ainda precisa da avaliação dos técnicos da agência. “[O Butantan] não apresentou [um cronograma] de maneira oficial, pois precisa submeter à Anvisa; ainda não é uma vacina, é uma promessa”, afirmou.
Nísia também ressaltou que os números deste ano podem ser explicados por uma combinação de fatores climáticos. “Normalmente, os quadros não se repetem. Depois de um ano com tantos casos, como 2024, é mais provável que os próximos não apresentem a mesma situação. O grupo do InfoDengue é muito criterioso com os dados”, ressaltou.
Casos
Segundo o painel do Ministério da Saúde, até esta quarta-feira (28), o Brasil registrou 6,4 milhões de casos prováveis e 5.204 mortes pela doença, além de 2.032 óbitos em investigação. A maioria das vítimas são mulheres entre 20 e 29 anos.
São Paulo, Minas Gerais e Paraná são as regiões com mais casos graves e sinais de alarme.