De acordo com os dados do Ministério da Saúde, cerca de 57,57% das doses enviadas aos estados e ao Distrito Federal foram aplicadas até o momento.
Nísia Trindade destacou que novidades sobre a vacinação contra a dengue serão anunciadas em breve, incluindo a disponibilidade da vacina do Butantan em dose única.
No entanto, a ministra não especificou até qual faixa etária o público-alvo da vacina pode ser expandido e quando essa medida será implementada. O Ministério da Saúde enfrenta pressão, uma vez que os lotes da vacina da dengue distribuídos começarão a vencer a partir do final de abril, conforme informado pela secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.
As declarações surgem em um cenário de aumento significativo de casos de dengue no Brasil. Somente em 2024, o país atingiu o recorde de ano mais letal por dengue da série histórica mantida pelo Ministério da Saúde em apenas três meses. Segundo o Painel de Monitoramento de Arboviroses do governo federal, até esta semana foram registradas 1.117 mortes pela doença, com outras 1.806 suspeitas em fase de investigação.
Em meio a críticas de deputados, Nísia Trindade afirmou que não conduz uma gestão ideológica no comando da pasta da Saúde e enfatizou que não possui filiação partidária. A ministra teve que responder a questionamentos sobre repasses de verbas para municípios aliados durante a sessão na Comissão.
O Palácio do Planalto tem dado apoio a Nísia Trindade para protegê-la de pressões de partidos da oposição, do Centrão e até de setores do PT. O presidente Lula deseja que a ministra permaneça no cargo, evitando ceder outra área estratégica para o Centrão, como feito no final do ano passado com as demissões das ministras Ana Moser e Daniela Carneiro para acomodar políticos do PP e União na Esplanada.