A ministra da Saúde, Nísia Trindade, disse que a pasta está trabalhando na elaboração do Plano de Combate à Dengue, mas que a vacinação ainda não será a principal estratégia para 2025, por falta de doses suficientes para realizar campanha de imunização.
A declaração foi feita a jornalistas na sede do ministério, em Brasília, nesta quarta-feira (28).
Segundo a ministra, o Plano, que será lançado em setembro, será dividido em duas etapas. Na primeira, a previsão é apresentar estratégias de combate ao mosquito com o uso de novas tecnologias que impedem que o vírus da dengue se desenvolva no Aedes Aegypt.
“São os controles de vetores, algumas [tecnologias] já mostraram excelentes resultados”, disse Nísia.
A segunda etapa do Plano deverá ser elaborada a partir de dados que, quando consolidados, devem trazer uma projeção da doença para o próximo ano. A partir das informações será possível definir qual será o público-alvo da imunização, por exemplo.
Sobre a dificuldade em reunir doses suficientes para estabelecer uma ampla vacinação contra a dengue no Brasil, Nísia afirmou que a Takeda – empresa fabricante da QDenga – tem limitações em relação à matéria prima do imunizante e que, por isso, não consegue iniciar o processo de transferência da tecnologia para a FioCruz, com quem discute parceria.
Ainda segundo a ministra, a principal aposta do SUS é na fabricação dos imunizantes pelo Butantã. Mas “ainda não é uma vacina, é uma promessa”, disse. A ministra reforçou que a vacina do Butantã já apresentou “excelentes resultados”, mas que é preciso ter cautela porque ainda não foi submetida à Anvisa.
História de Marina Demori