Um grupo de pesquisadores da USP e da Fiocruz de Pernambuco está trabalhando no desenvolvimento de uma vacina contra o vírus zika. Os testes realizados em camundongos mostraram que a formulação foi eficaz, estimulando a resposta imunológica contra o vírus e protegendo os animais da infecção. Os resultados foram publicados na revista Frontiers in Immunology.
Em vez de utilizar vírus atenuados ou inativados, as vacinas de DNA estão sendo exploradas como uma tecnologia mais avançada. Neste estudo, foram criadas quatro formulações de vacinas de DNA que codificam parte da proteína que reveste o vírus zika, sendo selecionada a mais eficaz. Maria Sato, professora da Faculdade de Medicina da USP e autora do artigo, destaca a evolução dessa tecnologia ao longo das últimas décadas.
Além de serem mais avançadas tecnologicamente, as vacinas de DNA têm potencial para serem mais econômicas e eficazes do que as vacinas tradicionais feitas com vírus inativados ou atenuados. Franciane Teixeira, primeira autora do estudo, explica que essa tecnologia permite criar formulações vacinais de baixo custo, selecionando as partes mais importantes do vírus e adicionando substâncias que potencializam a resposta imune. No entanto, alcançar uma resposta vacinal robusta ainda é um desafio para as vacinas genéticas.
A pesquisa recebe apoio da Fapesp e financiamento da Facepe, CNPq e da Fundação Oswaldo Cruz, entre outras instituições.