Saúde quer levar vacina contra dengue para dentro das escolas em 2025 Ao DE, o subsecretário de Vigilância à Saúde afirmou que a pasta quer aumentar a cobertura vacinal contra a dengue em 2025
Devido à baixa adesão à campanha de vacinação contra a dengue deste ano, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) analisa a possibilidade de levar o imunizante para dentro das escolas públicas em 2025. A intenção seria facilitar o acesso do público-alvo da campanha à vacina.
Iniciada em fevereiro deste ano, a imunização contra a dengue atingiu 75.237 crianças de 10 a 14 anos com a primeira dose. Em relação à segunda aplicação, apenas 28.456 pessoas dentro do público-alvo retornaram para completar a vacinação.
Para o subsecretário de Vigilância à Saúde do DF, Fabiano dos Anjos, a adesão foi baixa e a vacinação é um dos principais meios de combate à doença.
“O espaço das escolas é importante porque, como é um público que ainda depende muito dos pais, às vezes os responsáveis esquecem ou não conseguem tempo para levar os filhos para vacinar. Por isso, estudamos essa possibilidade de disponibilizar o imunizante nas unidades de ensino”, diz.
A ação repetiria a estratégia utilizada pela pasta durante a imunização contra a Covid-19 na pandemia. Com apoio da Secretaria de Educação, a Saúde passou a levar os fármacos contra o coronavírus para diversas escolas.
O gestor explica que a medida depende, também, das fabricantes de vacinas e do Ministério da Saúde. “Nós somos dose-dependentes. Ou seja, para avançarmos na cobertura, dependemos do fornecimento do ministério e do fabricante — que precisaria ampliar a produção. Para o ano que vem, a gente espera poder contar com o fornecimento de outros fabricantes, como o próprio Butantan”.
Até o momento, o DF recebeu 167.584 doses de vacina contra dengue. Dessas, 12.376 foram remanejadas para o Amapá devido ao prazo próximo ao vencimento, ficando 155.208 doses disponíveis para a população de 10 a 14 anos no DF.
Hoje, 20.920 doses estão em estoque na rede de frio central.
ONDE VACINAR
Atualmente, a vacina contra a dengue, no DF, é voltada para todas as crianças e adolescentes de 10 anos completos a 14 anos de idade (14 anos, 11 meses e 29 dias). São duas doses, com intervalo de 90 dias entre elas. Caso a criança ou adolescente tenha sido diagnosticado com dengue, é necessário aguardar seis meses para iniciar o esquema vacinal. Se houve a contaminação por dengue após a primeira dose, deve-se manter a data prevista para a segunda dose, desde que haja um intervalo de 30 dias entre a infecção e a segunda dose.
A dengue é uma doença infecciosa transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Com maior incidência no verão, tem como principais sintomas: dores no corpo e febre alta. Considerada um grave problema de saúde pública no Brasil, a doença pode levar o paciente à morte.
COMBATE À DENGUE
Fabiano ainda destacou que a secretaria trabalha com algumas ações para combater o Aedes Aegypti, mosquito transmissor da dengue. Entre elas está a nomeação de Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Vigilância Ambiental — ambos necessários para a realização de visitas às residências e avaliação de locais de riscos para a proliferação do mosquito.
Além disso, houve a implementação de armadilhas em algumas regiões do DF. “As estações com larvicida nas armadilhas, ou seja, um pote com água contendo um pano impregnado com partículas de inseticida. Os mosquitos colocam os ovos e acabam contaminados pelo larvicida. Eles disseminam as partículas do larvicida na água dos criadouros, impedindo que as larvas se desenvolvam”.
Além disso, há as ovitrampas — armadilhas para coletar os ovos de mosquitos e diminuir a proliferação.
DENGUE NO DF
A doença infectou ao menos 283.841 pessoas e levou mais de 400 à morte — sendo o total de óbitos 815,40% maior que o notificado em 2023.
Brasília lidera em residências com mais de 10 cômodos, aponta Censo 2022 do IBGE
De acordo Censo Demográfico 2022, realizado pelo IBGE, cerca de 13% dos brasilienses vivem em grandes residências com mais de 10 cômodos. O número representa mais que o dobro da média nacional e coloca o Distrito Federal como a unidade da Federação com a maior taxa de todo o país. Os dados são do Censo Demográfico 2022, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (12/12).
O segundo estado com maior proporção é Minas Gerais, que estava 5 pontos percentuais atrás, com 8% da população residindo em domicílios com 10 cômodos ou mais. Já a localidade a registrar a menor proporção nesse indicador foi o Acre, com 1,8%.
DE também é o local com a maior taxa de residências alugadas em todo o país. Segundo o IBGE, 30,1% dos imóveis são ocupados por meio de pagamento de aluguel. Os dados são referentes à realidade de 2022.
A capital do país ainda apresenta destaque em outros índices: tem 95% das casas e apartamentos construídos em alvenaria. Os brasilienses são os que estão mais conectados em suas residências. Mais de 96% dos imóveis têm acesso à internet. Em 2022, 89,4% da população brasileira residia em domicílios com acesso aos espaços virtuais.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) identificou que, ao longo das últimas décadas, aumentou o número de cômodos nas residências brasileiras. Ainda assim, segundo o Censo Demográfico 2022, 470 mil pessoas moram em domicílios de apenas um cômodo, correspondendo a 0,2% da população residente em domicílios particulares permanentes.
Outras 3 milhões de pessoas, o equivalente a 1,5% da população, residem em domicílios de dois cômodos. Os domicílios de três cômodos abrigam 5,3% da população, os de quatro cômodos servem de moradia a 13,5%, e os de cinco cômodos, a 29,2%.
Os domicílios compostos por seis a nove cômodos abrigam a maior parte da população, 44,4%, ao passo que os 5,9% restantes residem em domicílios com 10 cômodos ou mais.
Os cômodos são contabilizados como todos os espaços cobertos por um teto e limitados por paredes (construção vertical que permite limitar, dividir ou vedar espaços) que sejam parte integrante do domicílio, inclusive banheiro e cozinha. Não são considerados cômodos os corredores, varandas e garagens.