Uma nova vacina contra a Covid-19 desenvolvido no Brasil pode começar a ser testado em humanos ainda este ano. O imunizante apresentou bons resultados nos estudos com animais, que foram divulgados neste mês na revista Nature Comunicações. Os cientistas já receberam autorização da Comissão Nacional de Vigilância Sanitária (Conep) para dar início ao ensaio clínico e aguardam, agora, o sinal verde da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
“Já perto de começar a entrega necessária. Aguarda que a resposta saia nas semanas. Estamos prontos para começar a entrega necessária. ) e pesquisador sênior da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Para coordenar a concepção vacinal, o grupo Gazzinelli fundou duas diferentes proteínas do-CoV-2: a SARS N (do nucleocapsídeo, estrutura que abriga o material genético do vírus) e uma porção da S (espícula ou Spike) usada pelo para se ligar e invadir a célula humana. A molécula quimérica resultante recebeu o nome de SpiN. A estratégia teve como objetivo induzir no organismo a resposta imune celular, ou seja, a produção de células de defesa (linfócitos T) designadas em reconhecer e matar o novo coronavírus. Em tese, tipo de proteção eficaz mesmo diante de novas alterações.
“As vacinas para Covid-19 atualmente em uso têm como objetivo principal induzir a produção de neutralizantes contra a proteína S, que impedem o vírus de infectar as células humanas. Essa é a chamada resposta imune humoral. Mas, à medida que varias variações com muitas variáveis são importantes. Já a proteína mais conservada nas novas cepas”, explica a doutoranda Julia Castro, que manteve os ensaios pré-clínicos sob a orientação de Gazzinelli.
Como explica o pesquisador, que também é professor visitante da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP), uma vacina baseada na proteína quimérica não induz, si só, a produção de neutralizantes. No entanto, a proteção pode ser usada tanto como uma dose de reforço, mas também pode ser usada como uma dose de reforço, podendo ser usada como uma dose de reforço, que pode causar uma dupla combinação.
Testes de desafio
Os experimentos com animais foram feitos em um laboratório com alto nível de biossegurança instalado na FMRP-USP, graças a uma colaboração com os professores João Santana da Silva e Luiz Tadeu Figueiredo. O trabalho contorno com apoio da Fapesp. A pesquisa também possui recursos da Rede Vírus do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), da Prefeitura de Belo Horizonte e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig).
Em uma primeira etapa, a célula vacinal foi feita em camundongos geneticamente modificados ACE2 para a proteína humana conectar-se (via S) um hospedeiro. Esse modelo mimetiza a forma grave da COVID-19.
Parte dos animais recebeu duas doses do imunizante, com intervalo de 21 dias, enquanto os demais receberam apenas placebo. Um mês depois, os roedores foram expostos a uma alta carga viral por via intranasal. Diferentes experimentos foram feitos para testar a proteção da vacina contra a cepa selvagem dos SARS-CoV-2 (isolada na China em 2019), contra a variante delta (Índia, 2020) e contra a ômicron (África do Sul, 2021).
“No grupo que recebeu placebo, 100% dos animais infectados com a cepa de Wuhan [China] ou com a delta Já os camundongo à ômicron evoluíram para óbitos, mas uma patologia significativa não foi exposta. No grupo dos animais sobrevivem imunizados às três cepas e o tecido pulmonar muito mais preservado. Além disso, observamos uma redução na carga viral que variou entre 50 e 100 vezes”, conta Castro.
O passo seguinte foi testar a vacina em um modelo de doença moderada. Para isso, foram usados hamsters, que são naturalmente infectados pelo vírus, mas de forma não muito eficiente. Os animais receberam duas doses do imunizante, após um mês, foram expostos à cepa de Wuhan ou à delta. Em comparação ao grupo-controle [que recebeu apenas placebo]os vacinados tinham uma carga viral aproximadamente dez vezes menor e menos sinais de dano pulmonar.
Estabilidade e segurança
No Centro de Tecnologia de Vacinas da UFMG foi criada uma plataforma para produzir uma proteína Spin em culturas de bactérias geneticamente modificadas. Lá também foram testados de pureza – para garantir que há contaminantes na formulação – e de estabilidade, que visam a durabilidade do imunizante em diferentes temperaturas.
“Os resultados indicam que a vacina se mantém viável por duas semanas, dias e meses ela durará até o ambiente.
Ainda o pesquisador, a segurança da toxicidade do imunizante foram testados em experimentos com ratos. “Já temos o lote clínico e concluímos todos os testes para aprovação a chegar”, na aprovação.
Os testes de fase 1 e 2 – para avaliar a segurança em humanos e a capacidade de em segurança a resposta imune – serão feitos na Faculdade de Medicina da UFMG, sob a coordenação dos professores Helton Santiago e Jorge Pinto. A proposta é imunizantes vacinas propostas contra a Covid-19 (que foram recebidas um dos imunizantes disponíveis no Brasil há no mínimo seis meses).
Os voluntários do grupo-controle vão receber a vacina da AstraZeneca. formulação induza uma resposta celular ainda mais forte”, adianta Gazzinelli.