Pesquisadores do Brasil que desenvolvem uma vacina contra o coronavírus Sars-Cov-2, o vírus responsável pela doença Covid-19, anunciaram que o estudo entrou em uma nova fase pré-clinica. A imunização, que segue um modelo diferente do empregado em outros países será testada em camundongos.
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O projeto é liderado por cientistas da Faculdade de Medicina da USP e pelo Laboratório de Imunologia do Instituto do Coração (Incor). A pesquisa é financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
Após esta fase dos estudos chamados "pré-clínicos", os pesquisadores poderão começar a testar a vacina em voluntários humanos. É neste momento que se identifica qual é a concentração capaz de introduzir uma resposta rápida e duradoura do sistema imunológico da vacina em animais.
“Já conseguimos desenvolver três formulações de vacinas que estão sendo testadas em animais. Em paralelo, estamos formulando diversas outras para identificar a melhor candidata”, disse Gustavo Cabral, pesquisador responsável pelo projeto à agência Fapesp.
As partículas usadas na vacina são induzidas a carregar fragmentos do novo coronavírus e, assim, gerar uma resposta do corpo humano com segurança. O modelo escolhido pelos brasileiros é diferente de outros internacionais que usam as vacinas baseadas fundamentalmente em mRNAm (RNA mensageiro).
Esse modelo deve demorar mais tempo e leva em conta uma multiplicidade de fatores que faz com que muitas vezes a vacina obtida não seja eficaz. Há desenvolvimento de vacinas em andamento nos Estados Unidos, na Alemanha, na Austrália e na China.
Outra vacina, testes no BrasilDois mil brasileiros participarão dos testes para vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford. A estratégia faz parte de um plano de desenvolvimento global, e o Brasil será o primeiro país fora do Reino Unido a começar a testar a eficácia da imunização contra o Sars-CoV-2.
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Os testes serão conduzidos no Rio de Janeiro e em São Paulo. Em São Paulo, os testes em mil voluntários serão conduzidos pelo Centro de Referência para Imunológicos Especiais (Crie) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), com financiamento da Fundação Lemann. No Rio de Janeiro, os testes em outros mil voluntários serão feitos pela Rede D’Or São Luiz, com custo de cerca de R$ 5 milhões bancados pela Rede e sob coordenação do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino.
Para ser conduzido no Brasil, o procedimento foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), com o apoio do Ministério da Saúde. Os voluntários serão pessoas na linha de frente do combate ao coronavírus, com uma chance maior de exposição ao Sars-CoV-2. Eles também não podem ter sido infectados em outra ocasião. Os resultados serão importantes para conhecer a segurança da vacina.