Imunizante começou a ser desenvolvido ainda em 2020
A equipe do Centro de Pesquisa e Produção de Vacinas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) , estão reunindo os últimos documentos para que uma vacina desenvolvida 100% nacional tenha os testes humano iniciados no ano que vem. Caso a provada, a vacina seria utilizada para imunizar os brasileiros no futuro sem ter necessidade total de imunizantes de laboratórios estrangeiros.
A vacina é chamada de SpiN-TEC, e começou a ser desenvolvida em 2020, quando as variantes ainda não eram preocupação. Desde lá, o Brasil sofreu com com ondas de casos provocadas pelas novas versões do SARS-CoV-2, cada vez mais transmissíveis pelas mutações associadas à proteína Spike (ou proteína “S” como é melhor conhecida), principal arma do vírus para invadir as células humanas. Mas com o tempo a alta cobertura vacinal fez com que a pandemia arrefecesse.
A proteína S é o alvo tradicional das vacinas por dois pontos importantes: ela desperta reação imunológica e é a ferramenta de invasão das células humanas. Apesar disso, ela acumula uma grande quantidade de mutações, dificultando o trabalho dos anticorpos. Por isso, a atualização das vacinas aposta na combinação de uma nova proteína S com a proteína S ancestral na formulação das vacinas.
Oito em cada dez brasileiros já tomaram duas doses ou a dose única das vacinas contra a covid-19 e pouco mais da metade dos brasileiros já recebeu ao menos a primeira dose de reforço. Com tantas pessoas imunizadas, a mortalidade pela doença segue em queda, mas pesquisadores continuam a trabalhar para não perder a corrida contra a evolução genética do coronavírus e continuar a reforçar a imunidade da população no futuro.
Agência Brasil