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Vacina 100% brasileira contra a COVID avança para fase final de testes e pode reforçar cobertura vacinal (90 notícias)

Publicado em 16 de maio de 2025

Avanço promissor na imunização contra a COVID-19

A vacina Spintec desenvolvida pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), está prestes a entrar na última fase de testes clínicos. O imunizante, totalmente nacional, aguarda aprovação da Anvisa para iniciar a aplicação em mais de 5 mil voluntários em diferentes regiões do país.

Segundo os pesquisadores, será necessário diversificar o perfil dos participantes dos testes, com pessoas de regiões como Belo Horizonte, Norte, Nordeste e Sul do Brasil. A expectativa é que os testes comecem no próximo ano.

Tecnologia inovadora e acessível

A Spintec se destaca por usar uma tecnologia diferente das vacinas atuais, como a da Pfizer. Ela tem custo de produção mais baixo, pode ser armazenada em geladeira comum, eliminando a necessidade de ultra freezers e, ao que tudo indica, não precisará de atualizações constantes, como as vacinas bivalentes.

Caso aprovada, a Spintec será aplicada como dose de reforço em adultos de 18 a 80 anos. O uso pediátrico ainda não foi testado.

Baixa cobertura vacinal preocupa especialistas

Embora a COVID-19 não seja mais considerada epidemia, a doença já causou 98 mortes apenas neste ano em Minas Gerais. A baixa adesão às doses de reforço preocupa: apenas 43% dos mineiros tomaram a monovalente e somente 19% a bivalente.

A professora Santuza Teixeira, do Departamento de Bioquímica da UFMG, ressalta que um imunizante nacional pode elevar a confiança da população. “As pessoas precisam conhecer o mecanismo das vacinas, que são seguras e eficazes, principalmente para idosos e crianças”, destacou.

Conhecimento que vai além da COVID

A produção da Spintec também pavimentou o caminho para o desenvolvimento de vacinas contra outras doenças, como malária, leishmaniose e doença de Chagas. O CT Vacinas, vinculado à UFMG, está recebendo investimentos para construir uma nova sede, com capacidade para desenvolver até três vacinas ao mesmo tempo. A previsão de conclusão das obras é 2026.