Estudo analisou 60 mil mulheres entre 2004 e 2018
A Universidade de São Paulo (USP) junto com o Ministério da Saúde, realizou um mapeamento da incidência de malária em mulheres grávidas dentro do Brasil. O estudo analisou dentro de um período de 14 anos, 60 mil mulheres, e constatou que a maior incidência acontece no norte do país.
Cláudio Romero Farias Marinho, professor do Laboratório de Imunoparasitologia Experimental do Instituto de Ciências Biomédicas, falou para a Agência Brasil sobre a doença ser mais encontrada em regiões como Amazonas, Acre, Rondônia e Pará.
São os hotspots para a doença, aquelas regiões que são mais críticas, onde a frequência da doença acontece com mais evidência. O estudo indica onde seriam necessárias maiores intervenções do sistema de saúde, políticas públicas”. Contou Cláudio.
Causada por protozoários do gênero Plasmodium, a malária é transmitida pelo mosquito Anopheles e pode causar anemia grave, aborto, natimortalidade e parto prematuro em mulheres grávidas. Além disso, o feto pode ter microcefalia ou o crescimento prejudicado.
Outrossim, o estudo da USP indica que ocorreu uma redução de metade dos casos durante o período analisado. “Com todos os problemas que temos, o Brasil tem um programa muito sério de controle da malária.” Afirmou Cláudio Romero.
Gustavo Frutuoso