Idealizado pelo Prof. Dr. Irineu Tadeu Velasco, o novo Centro de Bioterismo da Faculdade de Medicina da USP tem sua inauguração prevista para agosto de 2002. Contando com importante apoio da Fapesp, cujos investimentos totalizaram R$ 1 milhão para a compra de equipamentos, o Centro de Bioterismo trará melhorias importantes para a qualidade da pesquisa científica desenvolvida na Faculdade e em outros centros de todo o País. Com as novas instalações, a produção atual de animais para pesquisa, que era de 30 mil unidades por ano, deverá chegar a 120 mil.
O principal objetivo do Centro de Bioterismo é o de produzir animais livres de contaminação, para que respondam à pesquisa da maneira correta e para que não tenham doenças capazes de prejudicar o resultado das pesquisas. Os animais criados no Centro de Bioterismo devem seguir as normas internacionais, permitindo que sejam produzidas matrizes certificadas do ponto de vista genético, sanitário e ambiental. O projeto também permitirá a formação de profissionais especializados em Ciência e Tecnologia de Animais de Laboratório e a produção de um banco de embriões.
O Biotério, um prédio construído pelo Metro sob a coordenação do Prof. Dr. Erasmo Tolosa, sofreu adaptações seguindo a consultoria do International Council for Laboratory Animal Science (ICLAS) e da Association for Assessment and Acreditation of Laboratory Animal Care (AAALAC), entidades internacionais que determinam os padrões de qualidade de biotérios.
Os investimentos, feitos pela FMUSP e administrados pela FFM, chegaram a R$ 2 milhões em sistema de ar condicionado informatizado, R$ 1,5 milhões na adaptação da obra com portas computadorizadas e equipamentos especiais, acrescidos de R$ 500 mil investidos pela USP, que também alocou 21 profissionais para atuar no local.
No Brasil, apenas o Biotério da Unicamp é certificado internacionalmente, mas a quantidade de animais que produz não atende à demanda externa. Segundo a diretora do Centro de Bioterismo da FMUSP, Profa Dra. Silvia Ortiz, o novo Centro de Bioterismo poderá atender não só à comunidade científica da USP como de outras universidades e centros de pesquisa, com animais SPF, ou Specific Pathogen Free, e geneticamente modificados.
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