A Escola de Engenharia de Lorena, da USP (Universidade de São Paulo), iniciou o desenvolvimento de um sistema pioneiro que poderá avaliar a qualidade do biodiesel que será consumido no país. O equipamento, que terá um custo inicial em torno de US$ 18 mil, deverá estar pronto até o final deste ano.
O pesquisadores estão aguardando para o próximo mês um sensor olfativo artificial, mais conhecido como 'nariz eletrônico', que será utilizado no desenvolvimento do novo sistema.
O coordenador do projeto, professor Domingos Sávio Giordani, do Departamento de Engenharia Química, disse que se trata de um equipamento com 32 sensores. Ele está sendo importado da empresa americana Smiths Detection pelo valor de US$ 15 mil.
Segundo ele, a importação do nariz eletrônico foi possível graças ao financiamento da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).
NARIZ ELETRÔNICO - Giordani afirmou que o nariz eletrônico é um sistema utilizado em países como Alemanha, Espanha e EUA para análises de gasolina e vinho.
O nariz eletrônico tem o tamanho de uma caixa de sapatos. Segundo o coordenador, será adaptado ao aparelho um sistema de RNA (Redes Neurais Artificiais) capaz de decodificar a matriz de dados fornecidos pelos 32 sensores.
"É um cérebro artificial, como podemos chamar este software, que após devidamente programado, poderá nos indicar as diversas características do biocombustível", disse o pesquisador. Ele lembrou que no Brasil a Embrapa já desenvolveu um nariz eletrônico, mas com apenas cinco sensores.
BIODIESEL - O biodiesel comercializado hoje no Brasil é o do tipo B2, composto de 98% de diesel mineral e 2% do biocombustível de origem vegetal.
A partir de 2008, de acordo com uma resolução da Agência Nacional do Petróleo, o biodiesel passará a ser comercializado obrigatoriamente em todos os postos do país.
Já em 2013, a proporção a ser comercializada deverá ser a B5, com 95% de óleo mineral e 5% de biocombustível de origem vegetal.
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