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USP espera testar em humanos vacina contra malária em 2025 (64 notícias)

Publicado em 22 de novembro de 2024

Pesquisadores do Brasil estão próximos de iniciar estudos clínicos em humanos para uma vacina contra a malária, especificamente o parasita Plasmodium vivax.

A atualização de etapa foi anunciada nesta 6ª feira (22.nov.2024) pela FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).

A vacina, que já passou por testes pré-clínicos com resultados considerados encorajadores, agora precisa de autorização para testes em humanos. A expectativa é que o pedido seja protocolado até janeiro junto às agências reguladoras para que os testes possam começar. A malária é uma doença infecciosa transmitida por mosquitos Anopheles e causada por parasitas do gênero Plasmodium. No Brasil, o Plasmodium vivax é o mais comum.

A vacina, chamada Vivaxin, é fruto da colaboração entre a USP (Universidade de São Paulo) e a UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Irene Soares, da FCF-USP, e Ricardo Gazzinelli, do CT-Vacinas e INCT-Vacinas, lideram o projeto. Soares ressaltou a singularidade do produto: “Temos um produto inédito no mundo e inteiramente produzido no Brasil. Meu objetivo desde o início da pesquisa, há mais de dez anos, foi conseguir uma vacina. Agora estamos na etapa final para autorização dos estudos clínicos”.

A equipe solicitou a patente da vacina no final de outubro, protegendo o processo de produção e a formulação final. Estudos demonstraram que o imunizante induziu altos níveis de anticorpos em camundongos e coelhos, sendo considerado seguro e bem tolerado. A formulação combina 3 formas genéticas da proteína do Plasmodium vivax, e tem o objetivo de proteger contra todas as variações do parasita.

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A malária é endêmica na região amazônica e representa um desafio de saúde pública global. De janeiro a outubro de 2024, o Brasil registrou 117.946 casos, com 80% deles provocados pelo Plasmodium vivax, conforme dados do Ministério da Saúde. A situação é considerada alarmante entre as populações indígenas.