A Universidade de São Paulo (USP) e o Instituto Pasteur, da França, assinaram nesta quinta-feira (31) um contrato para criação do Institut Pasteur de São Paulo, centro de pesquisas que terá como objetivo realizar estudos nas áreas da biologia e medicina que contribuam para o desenvolvimento da saúde humana.
O novo polo de pesquisas ficará sediado no campus da USP, na capital;
Terá espaço de 2 mil metros quadrados;
Contará com 17 laboratórios e uma unidade de bioinformática;
Em funcionamento, abrigará mais de 80 cientistas do Brasil e de outros países que realizarão pesquisas de nível internacional.
Segundo a USP, a criação do instituto foi aprovada no último dia 23 pelo Conselho Universitário da universidade. "Será uma associação privada, sem fins lucrativos 'com propósitos científicos e tecnológicos, voltados para a área de ciências biológicas e da saúde'", informou.
Em viagem pela Europa, Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador do estado de São Paulo, acompanhou em Paris a assinatura do contrato.
O governo explicou que um dos focos do centro de pesquisa será o estudo de novas viroses e a identificação de possíveis novas pandemias. "Também poderão ser realizadas pesquisas científicas de classe mundial em uma série de tipos de doenças (transmissíveis e não-transmissíveis, emergentes, reemergentes, negligenciadas ou progressivas)".
“É uma forma de trazer ciência, inovação, pesquisa e o compartilhamento de conhecimento para o Estado de São Paulo. Uma nação se desenvolve a partir do momento em que ela investe nessas áreas. Significa que as respostas serão cada vez mais rápidas e o Brasil estará inserido nesse contexto”, afirmou Tarcísio.
A criação do Institut Pasteur de São Paulo é resultado de um convênio firmado entre o Instituto Pasteur e a USP em 2017, que se comprometeram a desenvolver uma plataforma científica conjunta. A Plataforma Científica Pasteur-USP (SPPU) foi inaugurada em junho de 2019, inicialmente com cinco equipes de pesquisa, e contava com sete pesquisadores principais e 29 alunos de doutorado e pós-doutorado em 2022, além de ter firmado parcerias com mais de 20 instituições.
Com a pandemia da Covid-19, uma sexta equipe foi formada para estudar o vírus e a doença. A SPPU também aderiu à Rede USP de Diagnóstico de Covid-19 (Rudic), grupo de trabalho para diagnósticos em larga escala composto de diversos laboratórios do Estado de São Paulo. Desde a sua fundação, a SPPU publicou mais de 60 artigos científicos e, agora, o Institut Pasteur de São Paulo assumirá seus direitos e obrigações e permanecerá como membro associado da Rede Pasteur, que congrega pesquisadores de cerca de 20 países.
O Conselho Universitário da USP aprovou a criação do Institut Pasteur de São Paulo em uma sessão realizada no dia 23 de março deste ano. A entidade será uma associação privada sem fins lucrativos, com propósitos científicos e tecnológicos, voltados para a área de ciências biológicas e da saúde.
Durante a cerimônia de assinatura do documento, o presidente do Institut Pasteur, Stewart Cole, afirmou que a criação do Institut Pasteur de São Paulo marca um grande passo que fortalecerá a cooperação do Institut Pasteur e as instituições brasileiras. Já o reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Junior, destacou que a criação do Instituto representa um grande passo para fortalecer os vínculos da universidade com a sociedade e complementa outras iniciativas em andamento, incluindo parcerias com outras universidades e centros de pesquisa frances