A USP é a universidade do mundo que mais forma doutores, de acordo com o ARWU (Ranking Acadêmico de Universidades do Mundo).
Contudo, na classificação geral de instituições, que tem a Universidade Harvard em 1º lugar, a USP figura apenas entre as 150 melhores do planeta (após o 100º lugar, o ARWU só divulga grupos de 50 universidades cada).
As universidades dos EUA e do Reino Unido ocupam as 20 primeiras posições. Depois vem a Universidade de Tóquio, em 21º lugar.
Na listagem geral há outras brasileiras além da USP. A Unicamp está entre as 300 primeiras. Já as federais do Rio de Janeiro e de Minas Gerais e a Unesp aparecem entre as 400 melhores.
A quantidade de doutores formados é um dos indicadores do ARWU na avaliação das 500 melhores instituições superiores do mundo.
O Brasil forma cerca de 11 mil doutores por ano. Desses, cerca de 20% saem da USP. A universidade tem hoje mais de 13 mil alunos matriculados no doutorado.
"É a primeira vez que fazem um ranking para cada um dos indicadores, o que permitiu enxergar a USP em primeiro lugar no quesito", diz Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor-científico da Fapesp, agência de fomento à pesquisa São Paulo.
Mas formar muitos doutores não significa ter boa qualidade. A Universidade da Jordânia está em segundo lugar em formação de doutores, mas nem aparece entre as 500 melhores do mundo.
Para o ranking internacional, o ARWU também considera indicadores como quantidade de professores com prêmio Nobel e número de artigos publicados em revistas científicas de alto impacto, como "Science" e "Nature".
O Brasil não tem prêmios Nobel. E, na lista de universidades que mais publicam nos periódicos mais importantes, a USP desce para 251º lugar.
O ARWU é feito pela Universidade de Xangai, na China. A listagem surgiu como uma alternativa a classificações universitárias, como as britânicas "THE" e "QS".