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USP desenvolve sensor que detecta deterioração de obras de arte

Publicado em 05 janeiro 2012

Pesquisadores da USP estão trabalhando em um sensor que monitora as condições de obras de arte para avaliar o desgaste e a deterioração dos materiais que as compõem. A tecnologia é fundamental para a administração do acervo de museus que guardam peças que precisam ser mantidas sob um rígido controle ambiental.

O projeto une estudantes da Escola de Artes, Ciências e Humanidades com um grupo do Instituto de Química da USP e um doutorando de eletrônica. A ideia é desenvolver um sistema que seja capaz de monitorar as condições do ambiente, como luz, calor, poluição e umidade, onde as obras são armazenadas.

O sensor ainda é capaz de indicar o nível de desgaste sofrido pelas resinas que compõem a peça. A tecnologia é baseada em cristais de quartzo, que vibram a frequências de 10 MHz.

Para medir o desgaste de uma obra em um determinado ambiente, os pesquisadores aplicam uma camada do material sobre os cristais. A partir daí, o sensor eletrônico monitora a vibração do quartzo. Quanto mais rápidas forem as oscilações de frequência, mais desgaste o material está sofrendo.

O sensor já foi testado em alguns museus, como a Pinacoteca do Estado de São Paulo e o Museu Paulista. O protótipo mostrou que, entre os dois lugares, a Pinacoteca é a que oferece condições mais estáveis para o armazenamento das obras.

Via Agência Fapesp