Satélites e naves espaciais precisam de equipamentos que funcionem sem atritos, para operar sem necessidade de lubrificação. O diamante é o melhor material para esta finalidade, mas ainda é muito complexo produzir placas de diamantes sintéticos no tamanho e formato desejado, com a uniformidade necessária. Pois esta é a façanha mais recente do Laboratório de Diamantes da Universidade São Francisco, USF (http://www.diamante.usf.br). campus de Itatiba, que produziu a maior área recoberta por diamante sintético do Brasil, com superfície da ordem de 80 cm2, sobre uma placa arredondada de silício de 10,2 cm de diâmetro e 0,25 mm de espessura.
São parceiros da USF nesta pesquisa, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, INPE (http://www.inpe.br), e o Instituto de Estudos Avançados do Centro Técnico Aeroespacial, IEAv/CTA, ambos usuários potenciais deste tipo de placa.
"O Brasil tem competitividade internacional nesta área e temos muitos americanos interessados em nossas placas de diamante", conta João Moro, da USF, cujo objetivo, agora, é chegar a uma placa de um metro quadrado. Estados Unidos, Alemanha, Japão e Canadá são os países com maior desenvolvimento neste campo.
A pesquisa da USF foi parcialmente financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado de São Paulo, FAPESP (http://www.fapesp.br) e os investimentos totais somam 250 mil reais. Trabalhou no projeto uma equipe de 6 pesquisadores, 3 mestrandos e 8 alunos de iniciação científica, da USF, INPE e CTA.
As propriedades do diamante não se restringem à dureza (é o material mais duro encontrado na natureza) e ao baixo coeficiente de atrito. O material também é quimicamente inerte, auto-lubrificante, isolante elétrico e de alta condutibilidade térmica. Por isso, além das aplicações espaciais, aqui em terra é utilizado em ferramentas de abrasão e corte industrial, dissipadores térmicos para equipamentos eletrônicos e de telecomunicações, brocas odontológicas, bicos para escoamento de fluidos a alta velocidade e pressão, máquinas de corte a jato de água.
Maiores informações através do endereço eletrônico do laboratório labdiam@diamante.usf.br
Notícia
Agência Estado