“Quanto mais parceiros o Estado puder ter neste momento de pandemia, melhor. Quem ganha é a população do Paraná. As universidades estaduais podem sim fazer esse trabalho, sempre com o monitoramento do Lacen”, destacou. “O Lacen é referência não só para o Estado, mas também para todo o Brasil”, acrescentou.
O governador disse ainda que Governo do Paraná reforçou em mais de 20% o quadro de profissionais do Laboratório Central do Estado (Lacen-PR), principal responsável por exames de contraprova para a Covid-19. A equipe da Divisão dos Laboratórios de Epidemiologia e Controle de Doenças (DVLED), em São José dos Pinhais, passará de 60 para 73 profissionais até o fim de abril.
O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, reforçou a atuação do Laboratório Central do Estado como um balizador da qualidade dos exames que serão feitos em todo o Paraná. “As universidades vão se validar e em pouco tempo teremos condições de ampliar, e muito, os exames realizados no Estado. Sempre com a outorga do selo de qualidade e excelência do Lacen”, disse.
Superintendente de Ensino Superior, Ciência e Tecnologia (Seti), Aldo Bona lembrou que as universidades estaduais se colocaram à disposição para colaborar com o Governo do Estado desde o início da pandemia. “Contamos com laboratórios equipados e toda a estrutura na área de saúde para ajudar nos processos. Entramos em contato com o Lacen para iniciar o credenciamento e contar com a ajuda do Laboratório Central do Estado”, explicou.
De acordo com o vice-reitor da Universidade Estadual de Londrina, Décio Sabbatini, a instituição já vem se articulando com as entidades civis de Londrina e com a secretaria municipal de saúde para fazer a estruturação do serviço. O Laboratório de Biologia Molecular, integrado ao Hospital Universitário da cidade facilitaria também a questão logística, já que tem condições de processar até 200 testes/dia com a estrutura já existente, ressaltou Sabbatini.
“Estamos nos dispondo a apoiar toda a macrorregião de Londrina. Isto poderia ajudar a descarregar o sistema de saúde como um todo”, afirmou ele.
Além de ter dado início ao processo para a realização de análises, as universidades locais também estão envolvidas com estudos para mapeamento da Covid-19.
Segundo dados da Web Of Science, divulgados pela Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (Fapesp), a Universidade Estadual de Londrina está entre as três universidades com o maior número de publicações sobre o coronavírus do Brasil. São 21 materiais, atrás apenas da Universidade de São Paulo (USP) com 91 e Universidade Estadual Paulista (Unesp), com 32.
O Brasil, com 217 publicações, é o 17º da lista mundial, liderada pelos Estados Unidos com 4.400 estudos publicados, seguidos da China com 2.523. “É importante destacar a relevância da pesquisa científica feita nas sete universidades estaduais, que são fortes em pesquisa básica e aplicada”, destacou Aldo Bona.
Fonte: Banda B