Uma das constatações mais surpreendentes da pesquisa da Facamp é que as empresas da RMC investem em pesquisa e desenvolvimento (P&D), mas o relacionamento com as universidades e institutos é distante.
Do total de empresas da região entrevistadas, 89,6% consideraram as universidades e institutos de pesquisa como de baixa importância ou não relevante para a aquisição de informação para suas inovações.
Há várias explicações para este resultado. Uma delas é o fato de que muitas empresas de setores de alta tecnologia são filiais de multinacionais e, desta forma, o montante de recursos às atividades de pesquisa e desenvolvimento concentram-se nos países de origem.
A segunda é a eternamente incipiente parceria entre empresas e universidades, segundo o pesquisador André Pires. "É preciso que haja uma maior difusão das linhas de financiamento para as atividades de pesquisa e desenvolvimento, assim como das agências cujos objetivos visem congregar universidades e empresas", diz.
Algumas das iniciativas existentes são as linhas de financiamento desenvolvidas pela Fapesp e a recém-criada Agência de Inovação da Unicamp (Inovacamp), que tem como um dos objetivos estabelecer uma rede de cooperação entre universidade e sociedade para alavancar as atividades de pesquisa, ensino e geração de conhecimento.
"Quanto mais avançarmos neste sentido, mais a RMC consolidará sua vocação como um dos maiores pólos tecnológicos do País, contribuindo ainda mais para o desenvolvimento sócio-econômico do Brasil", argumenta Pires.
Outros dados da pesquisa estarão disponíveis a partir do dia 5 de janeiro no site: wwwfacamp.com. br.
Notícia
Correio Popular (Campinas, SP)