Cascavel - Cinco universidades do Paraná deram início esta semana ao processo de credenciamento no Sislab (Sistema Nacional de Laboratórios de Saúde Pública) para a realização de exames para identificação do novo coronavírus. Juntas, as universidades estaduais do Oeste do Paraná (Unioeste), de Londrina (UEL), de Maringá (UEM), de Ponta Grossa (UEPG) e do Centro- Oeste (Unicentro) terão capacidade instalada de avaliar até 700 amostras por dia. O número aumentaria a condição atual de processamento do Lacen-PR (Laboratório Central do Estado) em quase 120%.
Hoje, o complexo tem capacidade de executar até 600 exames por dia, um incremento de 400% em relação ao início da pandemia. Os kits para os exames e os insumos para a extração de amostras dos materiais coletados ficariam por conta das universidades, dos municípios ou de entidades civis. A autorização para o credenciamento de novos laboratórios para os exames da covid- 19 consta no Decreto Estadual 4.261/2020 e atende a um pedido do governador Carlos Massa Ratinho Junior. “Quanto mais parceiros o Estado puder ter neste momento de pandemia, melhor.
Quem ganha é a população do Paraná. As universidades estaduais podem, sim, fazer esse trabalho, sempre com o monitoramento do Lacen, que é referência não só para o Estado, mas também para todo o Brasil”. ESTUDO Além de ter dado início ao processo para a realização de análises, as universidades locais também estão envolvidas com estudos para mapeamento da covid-19.
Segundo dados da Web Of Science, divulgados pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo), a UEL está entre as três universidades com o maior número de publicações sobre o coronavírus do Brasil. São 21 materiais, atrás apenas da USP (Universidade de São Paulo) com 91 e Unesp (Universidade Estadual Paulista), com 32. O Brasil, com 217 publicações, é o 17º da lista mundial, liderada pelos Estados Unidos, com 4.400 estudos publicados, seguidos da China, com 2.523.