Um salto de 84 pontos na primeira lista das 300 melhores universidades do mundo foi obtido pela Universidade de São Paulo (USP), este ano, de acordo com o ranking britânico QS World Unlversity 2011, publicado em setembro, em que também a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) é incluída, com salto de 57 pontos. A USP ficou no 169° posto e a Unicamp no 235°. O ranking é elaborado pela Quacquarelli Symonds, empresa especializada na produção de Informações e estatísticas para o ensino superior. Nada menos de sete universidades brasileiras estão em outro estudo semelhante, o Ranking Mundial de Universidades, produzido pelo Laboratório de Cibermetria, ligado ao maior centro de pesquisa da Espanha e um dos principais da Europa, o Conselho Superior de Investigações Científicas (Csic).
São estas as brasileiras incluídas na listagem: USP (43° lugar), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (150°), Unicamp (158°), Universidade Federal do Rio de Janeiro (170°), Universidade Federal de Santa Catarina (206°), Unesp (260°) e Universidade Federal de Minas Gerais (265°).
Qual é a importância de constar desses relatórios? Marco Antônio Zago, pró-reitor de pesquisa da USR considera que "cada ranking mede um aspecto específico ao privilegiar determinados critérios", como afirmou à Agência Fapesp. E como a USR entre outras escolas brasileiras, é citada em vários desses estudos e tem subido posições em todos os publicados até agora, o fato é importante por apontar, "de maneira bastante consistente uma tendência de melhora na posição da universidade. Ficar entre as 200 primeiras é algo bastante expressivo", comenta. No ranking britânico, são consideradas duas mil universidades. No espanhol, 20 mil institutos. Constar dessas listas mostra que "o ambiente de ciência e tecnologia está melhorando em São Paulo e no Brasil, O ranking da QS, por exemplo, classifica a performance das universidades nas diferentes áreas do conhecimento. Em várias delas, a USP teve desempenho ainda melhor que o conseguido na classificação geral", ressaltou Zago. Em alguns casos, está entre as 100 melhores do mundo, como em ciências da vida e medicina (70° lugar), em humanidades (80°), em ciências exatas e da terra (86°) e em engenharia (97°), Para Ronaldo Pilli, pró-reitor de pesquisa da Unicamp, estar entre as 300 melhores é significativo para a Unicamp, principalmente pelo "progresso de 57 pontos na classificação, o que reflete vários esforços que estamos fazendo na universidade, especialmente no que diz respeito à qualificação do nosso corpo de pesquisadores", afirmou também à Agência Fapesp.
No relatório preparado pela Thomson Reuters para o lançamento do World University Ranking, as escolas brasileiras são consideradas "força dominante entre os "tigres latinos" do setor, México, Chile e Argentina", e é ressaltado o fato de ser o Brasil responsável por quase 19% de todas as pesquisas sobre medicina tropical no mundo, contando com mais de 12% dos pesquisadores em parasitologia.
AS MAIORES E MELHORES
No QS World University 2011, as cinco primeiras colocadas são as universidades de Cambridge (Reino Unido), de Harvard (EUA), Instituto de Tecnologia de Massachussetts, o MIT (EUA), e as universidades de Yale (EUA) e de Oxford (Reino Unido). Por países, os EUA encabeçam a lista, com 13 universidades entre as 20 melhores e 70 no total. Segue o Reino Unido, com cinco entre as 20 primeiras. Detalhe: o QS World University é formado com base no voto de 33 mil professores e 16 mil empregadores de recém formados.