Estabelecer uma rede de relacionamentos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) com a sociedade para incrementar as atividades de pesquisa, ensino e avanço do conhecimento. Esse é o objetivo da Agência de Inovação da Unicamp (Inovacamp), que será lançada no próximo dia 15 de maio, durante o seminário Campinas Inova 2003, no Centro de Convenções da universidade.
De acordo com o reitor da universidade Carlos Henrique de Brito Cruz, a agência será um setor onde empresas e órgãos públicos encontrarão apoio e informações para viabilizar sem embaraços seus projetos.
"Estamos buscando parcerias com o objetivo de melhorar as atividades nucleares da universidade, que são o ensino, a pesquisa e o avanço do conhecimento", afirma o reitor. "Esse é um conceito importante porque é diferente de buscar parcerias apenas para gerar receita", completa. Segundo ele, ao desenvolver projetos para parceiros externos, a Universidade também estará ampliando sua atividade de pesquisa e ensino. Em contrapartida, o interessado em estabelecer a parceria receberá ajuda especializada, mesmo que isso envolva outros órgãos da universidade ou instituições externas.
Um grupo de trabalho encarregado de planejar a agência, identificou várias áreas onde será possível estabelecer parcerias importantes. "A idéia é desenvolver programas para tratar estas atividades de maneira mais profissional", de acordo com o reitor da Unicamp. O grupo é coordenado pelo professor do Instituto de Economia e ex-secretário executivo do Ministério da Ciência e Tecnologia Carlos Américo Pacheco.
Um dos programas estará voltado para parcerias no setor de políticas públicas. Segundo Brito Cruz, se uma determinada prefeitura decidir implantar, por exemplo, um plano de combate à evasão escolar nas escolas públicas de ensino fundamental, a agência a ajudará a desenvolver o projeto e submetê-lo aos órgãos financiadores.
Esse tipo de programa, segundo o reitor, será especialmente importante para áreas da universidade que lidam diretamente com o tema, como o Núcleo de Estudos de Políticas Públicas (NEPP), a Faculdade de Educação (FE) e o Instituto de Filosófica e Ciências Humanas (IFCH), entre outros. De acordo com o reitor, há todas as condições para iniciativas como esta. "Trata-se de um assunto largamente pesquisado na Universidade; existe uma forte demanda no poder público; e há meios de financiar", diz o reitor. Cruz lembra que a Fapesp tem um programa de financiamento para pesquisas em políticas públicas
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DCI