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Universidade brasileira cria console em braille para deficiente visual

Publicado em 17 junho 2009

Um projeto de pesquisa, conduzido na Universidade Estadual Paulista (Unesp), em São José do Rio Preto, está desenvolvendo um console em braille para permitir o acesso de deficientes visuais ao conteúdo de páginas da internet.

O trabalho visa à construção de um dispositivo eletromecânico, reconfigurável em tempo real, capaz de exibir todos os diferentes sinais do alfabeto braille em uma matriz de pontos que se elevam e abaixam em uma superfície de referência.

A pesquisa tem apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) na modalidade Auxílio a Pesquisa – Regular. O projeto intitulado “Desenvolvimento de um dispositivo anagliptográfico para inclusão digital de deficientes visuais” é coordenado por José Márcio Machado, professor do Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas.

Segundo Machado, com o dispositivo um deficiente visual pode acessar textos comuns publicados na internet sem necessidade de impressoras especiais, e no tempo real do acesso.

“Montados lado a lado em um teclado de leitura, os dispositivos se ligam a um processador capaz de ler um texto em uma tela comum de computador e o converter para os sinais braille”, disse.

De acordo com Machado, o dispositivo poderá contribuir para ampliar as possibilidades de trabalho de deficientes visuais em todas as atividades que empregam computadores pessoais.

O projeto

O projeto foi finalista regional do Prêmio Santander de Ciência e Inovação de 2008, na categoria Tecnologia da Informação e Comunicação. Além de Machado, participa da pesquisa Mário Luiz Tronco, especialista em robótica.

O projeto está em fase de construção do hardware. Machado ressalta que o dispositivo não converte arquivos de texto em áudio, uma vez que já existem outros equipamentos capazes de fazer isso.

 “Em uma etapa posterior, finalizados os testes com o protótipo, será possível determinar custos de produção em maior escala, mas as tecnologias envolvidas são todas acessíveis ao parque industrial do país”, afirma Machado.

Fonte: W/News