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Unifesp participa de pesquisa multidisciplinar em saúde digital

Publicado em 09 junho 2020

Por Tamires Tavares

Pesquisadores de universidades brasileiras estão desenvolvendo um projeto multidisciplinar que criará um sistema computacional em saúde digital (e-Health) para aplicação em processos de recuperação física e neurofuncional, onde estão integradas soluções de telemonitoramento, rastreamento corporal, realidade virtual, aprendizagem de máquina e visualização da informação, que possa aproximar terapeutas e pacientes em torno dos indicadores de evolução durante o tratamento.

Fluxograma do sistema computacional

Segundo o docente da Universidade Aberta do Brasil (UAB/Unifesp) e representante da Unifesp no projeto, Marcelo de Paiva Guimarães, “as soluções desenvolvidas no projeto permitem que o terapeuta monitore o paciente em tempo real e, assim, realize uma melhor análise em relação à progressão motora do paciente, evidenciada por meio dos dados obtidos pelo sistema”.

Além de promover uma melhor comunicação entre terapeuta e paciente com o uso de dados quantitativos, o sistema foi idealizado para proporcionar o telemonitoramento (comunicação remota), no qual o terapeuta, a partir do seu consultório, pode assistir o paciente em sua residência, atendendo uma demanda por soluções de telessaúde explicitada neste momento de pandemia devido à covid-19.

Registro (a) e visualização (b) da variação de amplitude do movimento (ADM) de flexão e extensão da articulação do cotovelo no plano coronal

Para os primeiros protótipos funcionais desenvolvidos, foram utilizados sensores inerciais e de ultrassom, que permitem que o movimento de um determinado paciente possa ser convertido em comandos para controlar o ambiente virtual (imersivo ou não) e, assim, possa ser utilizado em terapias de recuperação física e neurofuncional.

Juntamente com a Unifesp, participam do projeto pesquisadores da Unicamp, Unesp (Campus Bauru), USP (Campus São Carlos), UFSJ (Campus sede), Centro Universitário Campo Limpo Paulista (Unifaccamp) e UFPA (Campus Belém). O projeto faz parte de um Cepid da Fapesp, o Instituto Brasileiro de Neurociência e de Neurotecnologia – BRAINN.