Uma pesquisa inédita desenvolvida na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) dá uma mostra do que será o Genoma Clínico do Câncer um projeto, desdobramento do Genoma Humano do Câncer, que pretende analisar os genes ligados à doença e decifrar seu funcionamento. A partir definir, a longo prazo, estratégias para combater as manifestações da doença.
Conduzido pelos pesquisadores Ismael Silva e Luiz Henrique Gebrim, o estudo analisou cerca de 500 genes associados ao câncer de mama. Os cientistas descobriram que um desses genes, batizado de CaMK-II e que exerce papel fundamental na multiplicação celular é sensível a um medicamento conhecido como tamoxifeno, usado para combater tumores de mama. Desenvolvido há 20 anos, o tamoxifeno reduz em até 50% os riscos de aparecimento do câncer. Seu uso, porém, é feito com uma série de restrições. "A idéia é encontrarmos outros métodos de prevenção, que não tragam os efeitos colaterais do tamoxifeno", explica Silva.
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Jornal da Tarde