Uma van com equipamentos no valor de R$ 300 mil circula desde março deste ano pela cidade de São Paulo em busca de micros e pequenas empresas que usam metais como matéria-prima e queiram aumentar sua eficiência e competitividade.
O veículo faz parte do Projeto de Unidades Móveis de Atendimento Tecnológico (Prumo) de Tratamento de Superfície realizado pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).
O projeto e" realizado em parceria com o Serviço de Apoio à Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo Fapesp).
Desenvolvido em abril do ano passado, o Prumo Tratamento de superfície começou a funcionar no ano e atendeu sete empresas paulistas do setor, como fabricantes de peças automobilísticas, maçanetas, torneiras, brincos e anéis. "Nosso objetivo e melhorar a qualidade dos produtos e diminuir o consumo de insumos", afirma a pesquisadora do IPT, Zehbour Panossian, responsável pelo projeto.
Segundo Panossian, nas sete empresas já atendidas foram analisados desde o processo de produção até o produto final. "Analisamos desde a água utilizada na folheação do metal até o produto acabado", informa.
Entre os problemas mais encontrados estão a corrosão prematura das peças, a falta de aderência do revestimento, a contaminação dos banhos dos metais. segundo Panossiam.
Hoje, o IPT leva de 15 a dias para atender cada empresa. A partir de abril de 2003, o tempo de atendimento deve passar para cinco dias e meio. "Até lá, estaremos com os manuais de análise prontos, o que facilitará cada atendimento", afirma a pesquisadora do Instituto.
Parte do atendimento é feito na própria empresa através da unidade móvel. Depois, a análise continua no laboratório do IPT.
O custo do atendimento e de R$ 2.900, sendo R$ 900 de investimentos da empresa e o resto do montante, do Sebrae.
Segundo Panossian, o Sebrae passará a investir no projeto somente a partir deste mês. O Instituto arcou com o custo do atendimento das sele empresas já
trabalhadas. "O Serviço impôs um limite de dez atendimentos por mês, no valor total de R$ 20 mil", informa a pesquisadora.
Os R$ 300 mil reais investidos na aquisição dos equipamentos e na montagem da unidade móvel foram financiados pela Fapesp.
Em breve, além da capital paulista, o Prumo Tratamento de Superfície passará a atuar no interior do Estado.
PLÁSTICO
O primeiro Projeto de Unidades Móveis de Atendimento Tecnológico (Prumo) foi voltado às micros e pequenas empresas do setor de transformação de plástico do Estado de São Paulo. O Prumo Plásticos foi lançado em 1999 por Vicente Mazzarela, então diretor do IPT, em parceria com Sebrae, Fapesp e Instituto Nacional do Plástico (INP).
Em quase quatro anos de atendimento, o Prumo Plásticos já forneceu consultoria a 300 empresas de 65 cidades espalhadas pelo estado paulista, segundo Felipe Azevedo, responsável pela divulgação do projeto do IPT.
Segundo Azevedo, os principais problemas apresentados pelas empresas são baixa produtividade, falta de conhecimento técnico e problemas de aparência do produto. "Muitas vezes as empresas não têm conhecimentos básicos, não sabem lidar com a matéria-prima", informa.
Diferentemente do Prumo Tratamento de Superfície, o projeto de Plásticos é 100 % financiado pelo Sebrae. "O Sebrae impôs um limite de atendimento de 15 empresas por mês", diz Azevedo.
Os equipamentos utilizados pela equipe do Prumo Plásticos são financiados pela Fapesp. A entidade está financiando mais três vans para o projeto. que hoje utiliza dois veículos.
Segundo Azevedo, o IPT planeja levar o Prumo Plásticos para Santa Catarina, Paraná e Nordeste do Brasil. "Estamos autorizados a atender 60 empresas de fora de São Paulo", informa Azevedo. Ele informou que o Instituto já realizou cinco atendimentos em Pernambuco.
Além do Prumo Plásticos e de Tratamento de Superfície, o 1PF está montando mais dois projetos, um voltado ao setor de couro e calçados e outro ao de construção civil.
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DCI