É da Unicamp é um dos seis projetos de criação de novos centros de pesquisa em inteligência artificial (IA) que foram aprovados pela Fapesp, Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e Comitê Gestor da Internet no Brasil.
Os novos centros receberão uma verba de R$ 2 milhões por ano por um período de até dez anos – R$ 1 milhão das três entidades públicas e R$ 1 milhão de empresas parceiras.
“Temos sonhado com a inteligência artificial no País. Confio na ciência e nos nossos pesquisadores para criar novas soluções”, disse o ministro Marcos Pontes. “Logo lançaremos novo edital para selecionar mais dois CPAs”, adiantou.
“O que faz o mundo se mover é a ciência, a pesquisa e a inovação”, afirmou Marco Antonio Zago, presidente da Fapesp. “A pesquisa em colaboração nas áreas de agricultura, saúde, inteligência artificial, indústria 4.0 e robótica ajudarão a recuperação do País no pós-pandemia”, disse.
Ao todo, foram apresentadas 19 propostas, que foram analisadas com base em mais de 80 pareceres de assessores nacionais, internacionais e das coordenações da Fapesp. Ao final, o comitê gestor recomendou a aprovação de seis propostas (estavam previstas quatro) “considerando a qualidade excepcional dos projetos”.
Os projetos selecionados
Os CPAs em Inteligência Artificial seguem o modelo adotado no programa Centros de Pesquisa em Engenharia/Centros de Pesquisa Aplicada da Fapesp. Os seis novos Centros se dedicarão ao desenvolvimento de pesquisas científicas, tecnológicas e de inovação, aplicadas e orientadas à resolução de problemas que possam ser resolvidos por meio de inteligência artificial. São os seguintes:
Brazilian Institute of Data Science (Bios) terá João Romano como pesquisador principal e sede na Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação da Universidade Estadual de Campinas (FEEC-Unicamp). Seu foco será nas áreas de diagnósticos médicos voltados à saúde da mulher e agricultura de precisão e otimização do uso de recursos agrícolas, entre outras.
CPA Inteligência Artificial Recriando Ambientes (Iara), que terá como pesquisador principal André Ponce de Leon Carvalho e sede no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da Universidade de São Paulo (ICMC-USP) em São Carlos, vai operar em rede com pesquisadores de todas as regiões do País no estudo de cinco aspectos de cidades inteligentes: cibersegurança, educação, infraestrutura, meio ambiente e saúde.
Centro de Inovação em Inteligência Artificial para a Saúde (CIIA-Saúde), com sede no Instituto de Ciências Exatas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Terá como pesquisador responsável Virgílio de Almeida. O CPA será constituído por 130 pesquisadores na investigação de prevenção e qualidade de vida, diagnóstico, prognóstico e rastreamento, medicina terapêutica, gestão de saúde, epidemias e desastres.
– Centro de Excelência em Pesquisa Aplicada em Inteligência Artificial para a Indústria, no Senai/Cimatec, na Bahia, terá como pesquisador responsável Antônio José da Silva Neto. O CPA implementará uma plataforma digital aberta de ciência de dados e inteligência artificial para a indústria 4.0.
Centro de Pesquisa Aplicada em Inteligência Artificial para a Evolução das Indústrias para o Padrão 4.0, no Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), em São Paulo, coordenado por Jefferson de Oliveira Gomes, terá foco em monitoramento e controle em tempo real, digital twin, interoperabilidade e integração da cadeia, sistemas autônomos, robótica e máquinas-ferramentas, entre outros.
Centro de Referência em Inteligência Artificial (Cereia), na Universidade Federal do Ceará (UFC), será coordenado por José Andrade Júnior e terá como parceiros três Institutos de Ciência e Tecnologia (ICTs): PUC-Rio, Universidade Federal do Piauí e Universidade de Fortaleza. O objetivo é desenvolver projetos por meio de aplicação de internet das coisas (IoT), big data e transformação digital, entre outras, voltadas às áreas de prevenção, diagnóstico e terapêutica de baixo custo.
(Investe SP)