Notícia

Jornal da Unicamp

Unicamp inicia esforço para alavancar patentes

Publicado em 22 março 2004

Jornal da Unicamp- Qual o objetivo da Diligência da Inovação? Roberto Lotufo - É mais uma iniciativa que visa estreitar a distância entre a universidade e a empresa. Queremos tornar mais produtivo o processo através do qual a tecnologia desenvolvida na universidade é passada para a empresa. JU - No que consiste o trabalho a ser feito pela Diligência? Lotufo - Consiste em fazer um estudo da tecnologia de uma determinada patente, para responder às várias perguntas feitas pelo mercado na hora de avaliar o seu potencial como negócio. O estudo levanta informações sobre viabilidade econômica, características da tecnologia, legislação, custo final, nichos de mercado, concorrentes, etc. Cada diligência deverá demorar, em média, de dois a três meses. Ao final, a empresa interessada em licenciar o invento terá não apenas as características tecnológicas da patente, mas também o seu potencial de negócios. Em vez de ter apenas um banco de patentes passaremos a ter um banco de negócios para oferecer ao mercado. JU - Qual a sua expectativa quanto aos resultados? Lotufo - Queremos que o projeto crie uma nova cultura na Unicamp. Por isso, esperamos uma participação efetiva da comunidade. Talvez esse seja o maior benefício do projeto. Fazer com que os pesquisadores recorram à diligência até mesmo antes de patentear seus inventos, a fim de verificar sua aplicação na sociedade. Há, por exemplo, muitas teses de doutorado engavetadas que podem conter potencial de mercado. A diligência mostrará que tipo de negócio e quais as chances de sucesso que esse invento pode constituir. Além disso, estaremos capacitando pessoas para fazer esse trabalho. JU - A diligência também inclui a identificação de formas de financiamento para viabilizar o negócio? Lotufo - O trabalho permitirá uma visão maior das formas de financiamento. Não basta levantar todas as informações mercadológicas se faltar o investimento. Estamos agregando mais informações à tecnologia que está engavetada para colocá-la numa vitrine, de tal modo que mais empresas, empreendedores e investidores sejam atraídos e a chance de sucesso seja maior. JU - Qual a diferença entre o banco de patentes e a diligência da inovação? Lotufo - O banco de patentes catalogou e classificou por categorias as cerca de 300 patentes depositadas pela Unicamp. Hoje elas já estão na vitrine. Mas faltava responder a várias perguntas feitas pelas empresas interessadas em licenciá-las. A diligência está dando mais esse passo, que é um passo mais ambicioso porque estará agregando informações na perspectivas de negócios. JU - É possível estimar o número de licenciamentos que o projeto pode consolidar no curto prazo? Lotufo - Ainda não é possível falar em números. Mas uma universidade como a Unicamp, se estivesse no exterior, com certeza teria um fluxo de licenciamentos alto. Esses licenciamentos que não foram feitos estão represados. Estamos tentando fazer alguns buracos para que isso seja escoado. A publicação do catálogo de patentes já produziu um efeito positivo nesse aspecto. Agora, esperamos que a diligência da inovação gere um impacto ainda maior, a fim de ampliarmos os contratos de licenciamento. Mais do que novas tecnologias, as empresas interessadas terão acesso à propostas de negócios. JU - Quais os resultados esperados do ponto de vista interno? Lotufo - Queremos disseminar essa cultura a fim de termos mais tecnologia para acesso e uso da sociedade. Outro resultado esperado é fazer a diligência em tecnologias que não estão patenteadas. Buscaremos outras tecnologias que podem vir a ser um bom negócio. Há um número grande de tecnologias que não têm patentes mas oferecem um potencial igual ou maior. Do ponto de vista da universidade, isso também pode ter um impacto importante na qualidade das pesquisas. Podemos ter uma realimentação de pesquisas com grande potencial social ou comercial. A Unicamp, em particular, tem esse potencial de inovação desde o seu início. JU - O senhor acha que esse projeto poderia servir de modelo para incrementar a inovação tecnológica no País? Lotufo - Gostaríamos que esse projeto fosse copiado. Estamos fazendo um piloto. No futuro, podemos fazer outro piloto envolvendo parcerias com outras instituições. Achamos que esse é um bom modelo e que pode ser transferido para todas as universidades do Brasil. Como pesquisadores, sempre temos a sensação de que muitas as pesquisas têm grande potencial de mercado. Ficamos muito frustrados quando esses trabalhos não vão para o mercado. A distância entre a universidade e a empresa ainda é grande. No Brasil poucas empresas fazem pesquisa. Essa iniciativa sozinha não soluciona o problema. Mas é uma contribuição importante para estreitar esse relacionamento. Jornal da Unicamp —Qual o objetivo da Diligência ria inovação? Roberto Lotufo — E mais uma iniciativa que visa estreitar a distância entre a universidade e a empresa. Queremos tornar mais produtivo o processo através do qual a tecnologia desenvolvida na universidade é passada para a empresa. JU — No que consiste o trabalho a ser feito pela Diligência? Lotufo — Consiste em fazer um estudo da tecnologia de unia deter-minada patente, para responder às várias perguntas feitas pelo mercado na hora de avaliar o seu potencial como negócio. O estudo levanta informações sobre viabilidade econômica, características da tecnologia, legislação, custo final, nichos de mercado, concorrentes, etc. Cada diligência deverá demorar, em média, de dois a três meses. Ao final, a empresa interessada em licenciar o invento terá não apenas as características tecnológicas da patente, mas também o seu potencial de negócios. Em vez de ter apenas um banco de patentes passaremos a ter uni banco de negócios para oferecer ao mercado. JU — Qual a sua expectativa qual:-to aos resultados? Lotufo — Queremos que o projeto crie unia nova cultura na Unicamp. Por isso, esperamos urna participação efetiva da comunidade. Talvez esse seja o maior benefício do projeto. Fazer com que os pesquisadores recorram à diligência até mesmo antes de patentear seus inventos, a fim de verificar sua aplicação na sociedade. h á, por exemplo, muitas teses de doutorado engavetadas que podem conter potencial de mercado. A diligência mostrará que tipo de negócio e quais as chances de sucesso que esse invento pode constituir. Além disso, estaremos capacitando pessoas para fazer esse trabalho. JU — A diligência também inclui a identificação de formas de financiamento para viabilizar o negócio? Lotufo — O trabalho permitirá uma visão maior das formas de financiamento. Não basta levantar todas as informações mercadológicas se faltar o investimento. Estamos agregando mais informações à tecnologia que está engavetada para colocá-la numa vitrine, de tal modo que mais empresas, empreendedores e investidores sejam atraídos e a chance de sucesso seja maior. JU — Qual a diferença entre o banco de patentes e a diligência da inovação? Lotufo — O banco de patentes catalogou e classificou por categorias as cerca de 300 patentes depositadas pela Unicamp. Hoje elas já estão na vitrine. Mas faltava responder a várias perguntas feitas pelas empresas interessadas em licenciá-las. A diligência está dando mais esse passo, que é um passo mais ambicioso porque estará agregando informações na perspectivas de negócios. JU —É possível estimar o número de licenciamentos que o projeto pode consolidar no curto prazo? Lotufo — Ainda não é possível falar em números. Mas urna universidade como a Unicamp, se estivesse no exterior, com certeza teria uni fluxo de licenciamentos alto. Esses licenciamentos que não foram feitos estão represados. Estamos tentando fazer alguns buracos para que isso seja escoado. A publicação do catálogo de patentes já produziu um efeito positivo nesse aspecto. Agora, esperamos que a diligência da inovação gere um impacto ainda maior, a fim de ampliarmos os contratos de licenciamento. Mais do que novas tecnologias, as empresas interessadas terão acesso à propostas de negócios. JU — Quais os resultados esperados do ponto de vista interno? Lotufo — Queremos disseminar essa cultura a fim de termos mais tecnologia para acesso e uso da sociedade. Outro resultado esperado é fazer a diligência em tecnologias que não estão patenteadas. Buscaremos outras tecnologias que podem vir a ser um bom negócio. Há uni número grande de tecnologias que não têm patentes mas oferecem um potencial igual ou maior. Do ponto de vista da universidade, isso também pode ter um impacto importante na qualidade das pesquisas. Podemos ter uma realimentação de pesquisas com grande potencial social ou comercial. A Unicamp, em particular, tem esse potencial de inovação desde o seu início. JU— O senhor acha que esse projeto poderia servir de modelo para incrementara inovação tecnológica no País? Lotufo — Gostaríamos que esse projeto fosse copiado. Estamos fazendo uni piloto. No futuro, podemos fazer outro piloto envolvendo parcerias com outras instituições. Achamos que esse é uni bom modelo e que pode ser transferido para todas as universidades do Brasil. Como pesquisadores, sempre temos a sensação de que muitas as pesquisas têm grande potencial de mercado. Ficamos muito frustrados quando esses trabalhos não vão para o mercado. A distância entre a universidade e a empresa ainda é grande. No Brasil poucas empresas fazem pesquisa. Essa iniciativa sozinha não soluciona o problema. Mas é uma contribuição importante para estreitar esse relacionamento.