Campinas. A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), assinou anteontem um contrato de licenciamento de tecnologia com a Aché Laboratórios para o desenvolvimento de uma droga inédita para o controle da diabetes tipo 2. A empresa vai investir inicialmente R$ 2 milhões no Laboratório de Sinalização Celular da Faculdade de Ciências
Médicas da universidade para que os cientistas da Unicamp continuem os testes com animais do composto que está sendo desenvolvido há três anos.
O componente químico foi descoberto pela equipe coordenada por Lício Velloso. É uma molécula de DNA alterada, tecnicamente um "oligonucleotídeo", capaz de bloquear a produção da proteína PGC1-alfa que regula o metabolismo humano e o processamento de energia dentro da célula.
"Com isso é capaz de fazer o metabolismo produzir mais insulina e ao mesmo tempo ampliar a capacidade de absorção dessa insulina pelos tecidos", disse o pesquisador. Os produtos existentes no mercado mundial para a diabetes tipo 2 (diabetes melitos), hoje, ou fazem uma coisa ou fazem outra. Assim, o paciente evita tomar mais de um remédio o que também barateia o tratamento.
E mercado não falta. Estima-se que 10% população mundial seja portadora de diabetes. Do total, 90% é de diabetes tipo 2. No Brasil, então, são 18 milhões de diabéticos de todos os tipos e cerca de 16 milhões do tipo 2.
No contrato assinado ontem, a Unicamp vai receber entre 2,5% a 4% de royalties da empresa dependendo do volume de vendas do produto sobre o faturamento líquido. Como o contrato é de risco, a Unicamp tenta conseguir também R$ 2 milhões junto à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) para investir o mesmo que a empresa.
A parceria vale por cinco anos. É o tempo que leva para os testes nos animais. Depois a comissão de ética da própria universidade autoriza ou não os testes em humanos.
Laboratório regulariza entrega de exames em SP
O laboratório do Instituto Adolfo Lutz em São José do Rio Preto, a 440 quilômetros de São Paulo, conseguiu regularizar a entrega de cerca de 700 exames de hepatite viral, HIV, sífilis e outros que estavam atrasados em até cinco meses. A regularização ocorre depois que 2.061 amostras de sangue para exames de diagnósticos de dengue foram inutilizadas por vencimento do prazo de tempo útil para realização dos exames. De acordo com a coordenadora do Programa Municipal DST/Aids de Rio Preto, Denise Gandolfi, o atraso foi zerado no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) que colhe amostras para exames de diagnóstico de hepatite, HIV e sífilis. No posto ambulante do CTDA, falta chegar o resultado de apenas 20% das amostras coletadas, o que deve ocorrer ainda nesta semana.
A Gazeta (Vitória/ES) — — 03/10/2006 — Pág.