SÃO PAULO - Máquina de 172 chips Intel Itanium 2 tem 496 GB de RAM e capacidade de processamento de 1,1 mil gigaflops.
O equipamento, comprado da Silicon Graphics, custou R$ 800 mil à universidade e será pago com verbas repassadas pelo ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). Segundo a Unicamp, esta máquina é quase três vezes mais poderosa que o outro supercomputador que a universidade detém, uma máquina com capacidade de processamento de 420 gigaflops. O equipamento será usado pelo Cenapad (Centro Nacional de Processamento de Alto Desempenho), órgão que funciona dentro da Universidade de Campinas. Segundo a Fapesp, órgão paulista de apoio à pesquisa, esta máquina é a mais potente em operação no país por usar arquitetura de memória distribuída, conhecida como numaflex.
Com essa tecnologia, diz a Fapesp, é possível rodar programas pesados, que precisam de 32 gigabytes de memória RAM por exemplo, sem a necessidade de fazer paralelismo, operação em que os processadores funcionam ao mesmo tempo. O Cenapad dedicará o computador à simulações computacionais em projetos de física, química, biologia, engenharia, matemática e genômica.
Este ano, no entanto, a maior parte do tempo de uso do supercomputador será dedicado a projetos de física na área de nanociência, diz o Cenapad.
Este é o segundo supercomputador comprado com recursos do MCT este ano. A outra máquina foi comprada no começo de março e enviada ao Instituto Alberto Luiz Coimbra de Engenharia (Coppe) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Segundo o MCT, ao longo deste ano outros 4 supercomputadores serão adquiridos. A idéia é equilibrar a demanda por processamento de pesquisadores de todo o Brasil com a oferta de mais máquinas poderosas.