Pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) comprovaram que a infecção pela bactéria Helicobacter pylori, que causa gastrite, úlcera e até câncer gástrico, está associada à condição socioeconômica da população. De acordo com informações da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), o estudo apontou que a bactéria atinge 47% das crianças de baixa renda, enquanto que nas família com maior renda a prevalência é de 3%.
O coordenador da pesquisa, o professor José Murilo Robilotta Zeitune, do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Ciências Médicas, conta que cerca de 50% da população mundial é afetada pela Helicobacter pylori, com maior número de ocorrência nos países
Nas crianças de média renda a prevalência da bactéria foi de 13,5%. O estudo apontou ainda que 16,7% das crianças de famílias de baixa renda foram infectadas nos primeiros meses de vida, 20% das de renda média foram infectadas a partir do primeiro ano de vida, enquanto 18,1% das crianças de alta renda foram infectadas apenas a partir do terceiro ano de vida. Zeitune afirma que, apesar de a renda familiar estar diretamente associada à bactéria, fatores como higiene e saneamento básico também estão relacionados à aquisição da infecção.
AE