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A Cidade On (São Carlos, SP)

Unicamp ativa novo supercomputador que deve potencializar desenvolvimento de pesquisas em instituições (11 notícias)

Publicado em 07 de janeiro de 2024

No final do ano passado, a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) ativou o novo supercomputador do Centro para Computação em Engenharia e Ciências (CCES, na sigla em inglês). O equipamento deverá contribuir para o desenvolvimento de pesquisas na universidade, assim como em outras instituições de ensino brasileiras e em empresas que demandam computação de alto desempenho. 

O supercomputador foi batizado como Cluster Coaraci, em que “coaraci” significa “mãe do dia”, em tupi. A máquina conta com mais de 13 mil núcleos de CPU (sigla em inglês para unidades de processamento central), 42 GPUs (sigla em inglês para unidades de processamento gráfico), 36,6 TB de memória RAM e 1 PB de armazenamento. 

O lançamento do novo supercomputador ocorreu no auditório do IFGW (Instituto de Física “Gleb Wataghin”), que abriga o CCJDR (Centro de Computação John David Rogers) – onde o Coaraci foi instalado.  

Máquina multiusuária

A aquisição do computador foi realizada dentro do projeto de renovação do CCES junto ao programa de Cepids (Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão) da Fapesp. Como contrapartida, a fundação determinou que o novo equipamento fosse multiusuário, ou seja, que ficasse disponível a pesquisadores de outras áreas e instituições.  

“Hoje, ele (o Coaraci) é, talvez, a máquina de maior velocidade dentre as instaladas nas universidades do país”, avalia Munir Skaf, professor do IQ (Instituto de Química) da Unicamp e diretor do CCES. “Os equipamentos de computação ficam obsoletos depois de um certo tempo. Você não consegue mais realizar uma pesquisa competitiva com máquinas que não conseguem fazer cálculos de maior porte”, explica. 

Com a proposta de atender a uma gama diversificada de projetos, o supercomputador da Unicamp terá flexibilidade para contar com um universo variado de clientes, desde pesquisas que demandam cálculos puramente voltados à computação até áreas de fronteira, como a bioinformática. 

Desenvolvimento do supercomputador  

O processo de criação do Cluster Coaraci teve início em 2019, tendo sofrido atrasos por conta da pandemia de covid-19. No entanto, o aprendizado com os pesquisadores do Cenapad (Centro Nacional de Processamento de Alto Desempenho), que mantém computadores de complexidade semelhante à do Coaraci, entre eles o ambiente Lovelace, serviu para que fossem implementadas tecnologias que pudessem atender a uma variedade de pesquisas da área.  

“A demanda por computação de alto desempenho no Brasil e, especialmente, no Estado de São Paulo é gigantesca. Por isso, nosso equipamento chegou na hora certa”, comenta William Wolf, professor da FEM (Faculdade de Engenharia Mecânica) e assessor técnico do CCES.